PASSAGEM A R$2,90! QUEM PAGA O PREÇO?

Coluna SIFAR, O Popular do Paraná, 21/12/2017

Os trabalhadores de Araucária receberam uma boa notícia na última terça-feira, para todos que usam o transporte coletivo, que é a maioria da população, baixar o valor da passagem vai impactar diretamente no nosso orçamento familiar e, aliás, como o movimento dos trabalhadores sempre defendeu que a passagem deveria ser zero!

Mas, nos questionamos o porquê dessa ação nesse momento e quem vai pagar essa conta?

Hissam se contradiz ao denunciar o ralo de desvios de dinheiro público da CMTC – Companhia Municipal de Transporte Coletivo, causado principalmente por falta de licitações e ilegalidades em contratos com empresas privadas, e ao mesmo tempo fazer a opção de privatizar outras políticas públicas que interferem diretamente na vida da população, tanto quanto o transporte público!

Vejamos o que esse governo arbitrário já fez e que atingiu diretamente a população:

– extinguiu linhas de ônibus fundamentais para a população;

– privatizou o transporte escolar;

– privatizou o SAMU;

– mantém médicos terceirizados na UPA.

E agora ameaça vender todo o atendimento de urgência e emergência do nosso município! Isto significa a entrega de toda essa estrutura para organizações sociais, seguindo os passos de outros estados onde há milhares de denúncias em todo o Brasil dos desvios de dinheiro público e atendimento precarizado!

– Privatização do UPA – em média 500 atendimentos/dia;

– Privatização do PAI – Pronto Atendimento Infantil – mais de 200 atendimentos/dia;

– Privatização do Laboratório Municipal – mais de 200 atendimentos/dia;

Em um vídeo, que circulou nas redes sociais essa semana, o prefeito criticou a gestão anterior afirmando ser contra a contratação de empresas privadas através da CMTC, que segundo ele, era por onde escoava todo um esquema de corrupção no município.

Ao mesmo tempo, realizou o aumento de impostos (todos sentimos no bolso na hora de pagar nossas contas), diminuiu a oferta de vagas na Educação Infantil (colocando a restrição inconstitucional de que os responsáveis devem estar “empregados” para ter acesso às vagas) e agora tenta colocar empresas privadas para gerir a nossa saúde!

Não somos contra a redução das passagens de ônibus, muito pelo contrário, mas exigimos coerência com o discurso e o bom uso do dinheiro público.

Privatizar é abrir as portas para a corrupção! Estamos atentos!

Nenhum direito a menos!

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