Nota de solidariedade à professora e militante Camila Marques
Ao que parece, a polícia civil da região invadiu a aula da professora e exigiu a retirada de alguns estudantes da sala. Camila reagiu à truculência policial e gravou a cena. A polícia então agiu de forma violenta e agrediu física e verbalmente a professora, antes de a levarem algemada para a delegacia.
De acordo com alguns testemunhos, o campus do IFB estava sofrendo ameaças de atentados, como o que ocorreu recentemente na cidade de Suzano, e as investigações corriam em sigilo. Também segundo relatos, o diretor do campus permitiu a entrada da polícia e não acompanhou a ação policial até a sala da professora para explicar a situação, o que gerou ainda mais confusão e desconfiança.
A repressão policial no campus do IFB é inaceitável. Repudiamos qualquer ação de punição ou censura à professora Camila, que cumpria sua função de educar. Camila, que foi liberada no início da tarde, já vinha sofrendo perseguições políticas em seu local de trabalho.
Ações truculentas e intervenção policial são formas de tentar intimidar educadores e lutadores que buscam em sua prática cotidiana construir a educação pública, gratuita, crítica e de qualidade. Não permitiremos que nossa liberdade de ensinar e aprender seja monitorada!