O que você tem a ver com o fim da estabilidade dos servidores públicos?
O governo federal quer mudar a Constituição para facilitar a demissão de parte dos novos servidores. A proposta apelidada de Reforma Administrativa foi enviada ao Congresso na semana passada com o pretexto de acabar com os supostos “privilégios do funcionalismo”, mas deixa de fora os verdadeiros privilegiados: parlamentares, magistrados, promotores, procuradores e militares.
A proposta não toca nos salários generosos e nas regalias do alto escalão, mas joga toda conta da crise nas costas das servidoras e servidores que recebem em média dois salários mínimos. O fim da estabilidade e demais ataques são só para os servidores que recebem os menores salários e atendem diretamente a população trabalhadora, nos hospitais, nas unidades básicas de saúde, nas escolas, nas creches, na assistência social e na segurança pública.
Não se engane! O governo quer acabar com a estabilidade desses trabalhadores e impor demissões por avaliação de desempenho não para garantir melhor atendimento nos serviços públicos, mas para perseguir aqueles que não compactuarem com sua política. Querem o fim da estabilidade para poder substituir servidores com conhecimento e anos de experiência por indicações políticas e puxa-sacos.
Facilitar a demissão de novos servidores e acabar com os mecanismos que valorizam a experiência e estimulam a permanência no serviço público são prejudiciais para a qualidade do atendimento à população. Você sabe que a experiência e o vínculo que o servidor constrói com a comunidade atendida fazem toda a diferença!
O discurso do combate aos privilégios é usado para tentar jogar a população contra os servidores públicos e assim desviar a atenção que deveria ser direcionada aos verdadeiros privilegiados. Tentam apresentar o servidor público como inimigo para esconder que, mesmo em meio à pandemia, seguem repassando milhões aos grandes empresários e banqueiros. Na semana passada, o governo autorizou o repasse de R$ 325 bilhões do lucro das reservas cambiais para os bancos. O auxílio emergencial será reduzido pela metade, enquanto não há qualquer proposta voltada para cobrar as empresas que sonegam impostos ou para criar a cobrança sobre grandes fortunas prevista na Constituição Federal.
Já em Araucária o governo Hissam segue a mesma cartilha do governo federal, NÃO dá a devida atenção aos serviços essenciais como saúde, assistência social, educação e a segurança pública! Sabemos que o interesse da prefeitura é outro, o asfalto e as luzes de LED na cidade, isso só demonstra o verdadeiro descaso com os serviços públicos que atendem você e toda a comunidade de Araucária.
Todos esses discursos também buscam enfraquecer a mobilização em defesa dos serviços públicos para avançar na privatização e transformar direitos sociais em mercadoria. É preciso resistir! Junte-se ao SIFAR e defenda os serviços públicos, pois a qualidade no atendimento da população é um direito de todos!