Assembleia conjunta define pautas prioritárias para negociações da Data-Base e discute a Reforma da Previdência
O conjunto dos servidores municipais de Araucária realizou, nesta quarta-feira (24), uma assembleia para deliberar sobre a Pauta de Reivindicações Prioritária da categoria e discutir os próximos passos da Campanha de Lutas unificada.
Logo após a definição da Pauta Prioritária, que inclui pontos como Plano de Carreira, concurso público, vale-alimentação e ganho salarial, os servidores de Araucária reafirmaram o compromisso com a luta por nenhum direito a menos e contra os ataques da Prefeitura.
A categoria não vai tolerar a intransigência do governo Hissam, que fechou de maneira unilateral o diálogo com os trabalhadores no ano passado e se recusou a negociar junto aos Sindicatos. O dia de ontem marcou o início da campanha de lutas da Data-Base dos servidores.
O próximo passo será protocolar na Prefeitura o documento da Pauta de Reivindicações Prioritária, intensificar a mobilização nos locais de trabalho e exigir uma mesa de negociação com a gestão.
Os ataques da Reforma da Previdência
Antes do início da Assembleia, aconteceu um seminário sobre os males da Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, no qual os advogados do SIFAR e do SISMMAR demonstraram como essa reforma será prejudicial aos trabalhadores do serviço público.
As mudanças na Previdência atingem diretamente os trabalhadores, principalmente as mulheres. A idade mínima para se aposentar, por exemplo, será ampliada para 65 anos no caso dos homens e 62 anos para as mulheres. Além da idade, o tempo de contribuição também aumenta: 25 anos se torna o tempo mínimo de contribuição, sendo que serão necessários 40 anos para receber o valor máximo da aposentadoria.
Para o Magistério as regras também mudam. Com a reforma, a idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres será de 60 anos, ignorando completamente a dupla jornada da mulher, que atualmente tem que lidar com a profissão e o trabalho doméstico.
Uma das alterações mais graves que a reforma impõe é a mudança de regime de Previdência, que passa a seguir o sistema de capitalização. Nesse método, as aposentadorias dos trabalhadores ficam à mercê do mercado financeiro, sem nenhuma garantia de retorno.
A privatização da Previdência é um sistema perverso que só beneficia os políticos, banqueiros e grandes empresários. De acordo com os dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT – 2018), dos 30 países que privatizaram a previdência, 18 já estão voltando atrás ou reverteram completamente para o sistema de repartição. Isso só mostra que o Brasil está indo na contramão do que a experiência internacional alerta.
A única maneira de barrar essa reforma é por meio da união dos trabalhadores! Converse com os seus colegas nas unidades de trabalho sobre os efeitos danosos da Reforma da Previdência e ajude a construir a mobilização que vai impedir esse grave ataque!
FIRMES!
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