Sindicatos questionam inchamento de turmas durante plenária do CME

Diante das tentativas da gestão Hissam de precarizar a educação pública, o SIFAR e do SISMMAR estão lutando pela qualidade do ensino e por melhores condições de trabalho aos servidores.

Durante a plenária do Conselho Municipal de Educação (CME) realizada na última quarta-feira (4), esteve em pauta a discussão e aprovação do Parecer nº 10/2019 e da Resolução nº 01/2019 da comissão de Educação Infantil. A tentativa da gestão municipal com a aprovação da resolução é reorganizar as turmas na educação infantil e alterar o número de crianças por profissional na resolução do CME nº 03/2016.
Ou seja, a gestão quer precarizar ainda mais as condições de trabalho e não se preocupa com a qualidade do ensino.

O SIFAR e o SISMMAR entendem a necessidade da população, que hoje enfrenta filas para conseguir matricular as crianças na rede municipal de ensino. Afinal, toda criança tem direito de estudar em uma escola pública, gratuita e de qualidade.

No entanto, o governo Hissam quer fugir da sua responsabilidade! A partir de uma determinação da promotoria pública, a gestão precisa propor uma solução para reduzir as filas para ingresso na educação infantil e, ao invés de investir na contratação de mais profissionais e de melhorias na estrutura, quer dar um “jeitinho” e colocar mais crianças nas salas de aula, sem garantir a estrutura mínima para um ensino de qualidade.

Por isso, os sindicatos solicitaram a palavra na plenária e enfatizaram que o papel do CME não é ser braço da Secretaria Municipal de Educação (SMED), pois é preciso tomar as decisões levando em consideração o conjunto da sociedade.

Ninguém quer ver seus filhos estudando em um CMEI ou numa escola superlotada, com profissionais sobrecarregados e estrutura precária, não é mesmo?

Por isso, no CME os representantes dos sindicatos fizeram falas alertando para os perigos dessa decisão, já que o município hoje não está preparado para atender à demanda. Se aprovada, essa mudança vai piorar – e muito – a qualidade do ensino em Araucária. A partir dos questionamentos e da pressão por parte dos sindicatos, foi pedido vistas do processo.

Além disso, importante informar que a Guarda Municipal esteve presente na plenária do CME, a pedido da comissão que analisou a proposta de aumentar o número de crianças por turma na educação infantil. Na ocasião, a conselheira Giovana Piletti questionou essa necessidade e afirmou que houve constrangimento por tratar os servidores que acompanharam a sessão como ameaça.

Se os conselheiros cumprirem com sua função, que é fiscalizar e pressionar por uma política pública de qualidade na educação em Araucária, não há nenhuma necessidade de convocar o braço armado do Estado e nem de propor votações secretas. A transparência e a coerência na defesa da escola pública sempre serão defendidas pelos trabalhadores da educação. O que não é aceitável é uma sobrecarga de trabalho nas unidades sem nenhuma contrapartida. Aliás, pelo contrário, com uma cobrança para melhora do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) piorando as condições de trabalho.

As discussões sobre essa resolução precisam ser levantadas com o máximo de cuidado, pois estamos falando da vida das pessoas, da comunidade e de profissionais de ensino.

Estaremos vigilantes e cobrando a gestão para que assuma a sua responsabilidade e invista para ampliação de vagas sem perder a qualidade de ensino.

Em tempo, lutamos para que a educação de qualidade seja prioridade! Firmes!

 

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