Falta de negociação por parte na SMED mostra que a única certeza de 2021 é de que vai ser um ano de luta
A Secretaria Municipal de Educação de Araucária não tem nada a oferecer para as educadoras infantis do município. Basicamente, essa é a conclusão da reunião que ocorreu na manhã de terça-feira (10). Quando o SIFAR e a comissão que representa a categoria questionou a SMED sobre o reconhecimento das educadoras e a necessidade de um cronograma para a hora-atividade em 2021, a secretária Adriana Palmieri foi irredutível e disse que não tem nenhuma proposta para apresentar para as trabalhadoras.
Esse é o tipo de reconhecimento fornecido pela gestão Hissam: NADA! É importante ressaltar que a greve das educadoras de 2018 só foi encerrada com o compromisso do reconhecimento e da implantação da hora-atividade. A lei municipal nº 3402/2018 institui a chamada hora-permanência para as educadoras infantis, mas, mesmo como uma lei, a diretora geral da SMED, Carolina Novak Bosquetto, insiste em dizer que a categoria não tem direito a um horário de planejamento.
O SIFAR cobrou que a gestão tivesse minimamente uma proposta de cronograma para a realização da hora-atividade no próximo ano letivo, mas a argumentação da secretária é que não é possível tomar nenhuma decisão antes do retorno da consultoria contratada para avaliar a situação das educadoras. E, como esse retorno deve ocorrer no final do ano, até lá, a administração não irá declarar nenhum posicionamento. Ao que parece, a SMED esqueceu que já estamos em novembro e que estamos aguardando o reconhecimento há ANOS! A pergunta que não quer calar feita para as educadoras para a gestão é: como vamos iniciar o ano letivo sem nem ao menos uma proposta para conseguirmos planejar as atividades com as crianças?
Nossa única certeza é que em 2021 vai ter muita luta e vamos ter que arregaçar as mangas.
Educadoras nas casas de acolhimento
Outra cobrança feita pelo SIFAR à Secretaria é a autorização da SMED de horas-extras para as educadoras trabalharem nas casas de acolhimento, o que explicita um claro desvio de função!
Adriana não justificou a ação feita pela Secretaria e apenas informou que as horas-extras foram ofertadas com o conhecimento do Ministério Público. Reconhecer as educadoras a Prefeitura não quer, agora usá-las para tapar buraco está liberado? Tanto a Secretaria de Educação quanto a de Assistência precisam de mais investimento da gestão e não adianta tapar o sol com a peneira, tirar de um lugar para cobrir o outro, ou a Prefeitura de Araucária realiza mais concursos públicos, convoca os aprovados e oferta melhores condições de trabalho no município ou teremos uma situação cada vez pior nos serviços públicos! Firmes!