3 de setembro de luta: lembrar nossa história e seguir resistindo
O serviço público de Araucária vem se consolidando enquanto um importante polo de resistência e luta. Mesmo com a truculência do Estado há um ano atrás, no último 3 de setembro, os trabalhadores continuaram se fortalecendo e mostraram que não aceitam calados nenhuma retirada de direitos.
Relembre a história de luta do serviço público de Araucária, nossas vitórias e prepare-se para um 3 de setembro de resistência. Clique aqui para ver a programação e o convite para o 3 de setembro.
Barramos a redução salarial e o rombo no FPMA
Em 2020, os servidores fizeram história barrando o aumento da alíquota previdenciária que gerava redução salarial para os trabalhadores. A luta também impediu que a Prefeitura deixasse de repassar mais de R$ 23 milhões ao Fundo de Previdência Municipal de Araucária (FPMA) impedindo o calote que a gestão Hissam planejava dar nos trabalhadores.
Foram dias de mobilização para mostrar que não arredaríamos os pés de defender nossos direitos, panfletagens, paralisação e até acampamento. Cidades como São Paulo, por exemplo, já tiveram aumento da alíquota ainda em 2020, prejudicando servidores e aposentados. Em Araucária, Hissam tentou diversas manobras para aprovar a redução salarial e colocar as mãos na aposentadoria dos servidores. Porém, com a luta, o Prefeito e os vereadores inimigos dos servidores foram derrotados.
Isso mostra que Araucária é símbolo de resistência dos trabalhadores contra os patrões e governos! Mesmo com uma gestão truculenta, os servidores não deixam de defender seus direitos jamais. E por isso, neste 3 de setembro devemos relembrar nossa história de luta. Lembrar que nossos direitos são garantidos junto aos nossos colegas nas greves, atos, panfletagens e no dia a dia, conversando com a população.
Conquistamos o reconhecimento das professoras de educação infantil
As professoras de educação infantil são exemplos de luta em Araucária, as trabalhadoras lutaram por quase 12 anos para serem reconhecidas enquanto professoras e garantir o plano de carreira e os mesmos direitos do magistério como a hora-atividade e o piso salarial nacional. Foram diversas panfletagens para a comunidade, paralisações e greves, para que finalmente, em 2021, o reenquadramento no plano de carreira fosse aprovado.
A luta destas trabalhadoras não parou e ainda há muito o que ser conquistado, entretanto, o reconhecimento é um importante passo para que as professoras sejam valorizadas. Essa é mais uma das lutas históricas que os servidores e servidoras travaram nos últimos anos e que são exemplos de resistência.
No dia 3, celebraremos esta conquista, a defesa do serviço público e nossa união enquanto lutadores e lutadoras que resistem, e que continuarão firmes na luta.
A greve garantiu o reajuste salarial e o aumento do vale-alimentação
Após a Batalha na Câmara de Araucária, os servidores reuniram suas forças e organizaram uma grande greve, garantindo o reajuste salarial e o aumento do vale-alimentação. A conquista financeira ajuda na melhora das condições de vida dos servidores e servidoras que estavam com os salários congelados desde o início da pandemia por conta da falta de vontade política de Hissam e da Lei 173 de Bolsonaro.
Os servidores fizeram uma greve de três dias e mostraram para a gestão que lutamos por condições dignas de vida e pela qualidade do serviço público. A greve fez com que a gestão fosse obrigada a negociar com os servidores, além de responder ao Ministério Público do Trabalho pela falta de negociações com os trabalhadores.
O 3 de setembro é momento de relembrarmos não apenas a violência do Estado contra os trabalhadores, mas também de ver a força que estes carregam e como é necessário seguir lutando por nossos direitos.