Prefeito, no sindicato você não manda!
Além de enrolar a negociação da pauta de reivindicações dos servidores públicos de Araucária, agora a prefeitura vem tentando intervir na autonomia dos trabalhadores e no direito de lutar por seus direitos.
No dia 16 de fevereiro o SIFAR recebeu uma notificação para que a diretora liberada do sindicato, Fernanda Lima do Amaral, fosse até a Secretaria Municipal de Educação (SMED) para tomar ciência da retirada de sua liberação para o trabalho sindical. Esse corte chega justamente no final da tarde da sexta-feira (16/02), sendo que na segunda-feira seguinte pela manhã estava organizada uma paralisação das educadoras infantis, categoria na qual, Fernanda faz parte e colocou muita força para construir.
É direito garantido em lei – às custas de muita luta –, o sindicato ter três trabalhadores liberados de suas funções no município para exercer a função de dirigente sindical. Essa liberação é decidida pela diretoria eleita pelos sindicalizados, que tem autonomia para escolher os três liberados. Atualmente no SIFAR estão como diretoras liberadas: Fernanda Lima do Amaral (educadora infantil), Jocelena Carvalho (auxiliar administrativo) e Sarita Malaguty (psicóloga). Além disso, as três liberadas continuam recebendo o salário da prefeitura, da função na qual realizaram concurso e nenhum valor a mais.
A retirada da diretora Fernanda aconteceu sem nenhuma justificativa cabível da gestão, já que todos os trâmites para a liberação foram feitos pelo sindicato dentro dos conformes. A intervenção do prefeito é mais um ataque à luta! Ele quer menor autonomia da nossa organização para conseguir aprovar o que bem entende! Já mostramos que com garra e união dos trabalhadores, barramos os ataques, como foi o caso da terceirização da UPA e do PAI. NÃO é ele que decide quem deve organizar a luta dos servidores municipais de Araucária e sim, os próprios servidores.
No dia 19 de fevereiro, as educadoras infantis que se encontravam em frente a SMED ocuparam o prédio para a assinatura conjunta do documento que revogava a liberação da educadora. Tentou-se ainda encontrar o secretário de educação, Henrique Rodolfo Theobald, mas ele não estava no prédio. Mesmo com toda a insistência dos servidores, até o momento, a gestão não se posicionou sobre o assunto.
Para o SIFAR, o corte da liberação de um servidor é ação antissindical, típica do autoritarismo e das ações arbitrárias que esta gestão vem adotando. Nosso sindicato, nossos sindicalistas, nossa luta! Prefeito, no sindicato você não manda. Exigimos a liberação da Fernanda!