Educadoras de Araucária enfrentam intransigência e mantêm greve em defesa da educação infantil
A intransigência e a falta de diálogo da gestão Hissam farão com que os CMEIs comecem mais uma semana sem aula. Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (20), as educadoras infantis decidiram não abaixar a cabeça para as tentativas de intimidação do movimento e manter a greve por tempo indeterminado iniciada no dia 17 de abril.
A mobilização não dará trégua nem mesmo no final de semana. No sábado, um carro de som vai percorrer os bairros para explicar à população os motivos da greve. Além disso, as educadoras também vão aproveitar esses dias para conversar com os vizinhos e colegas para reforçar o apoio à mobilização.
A greve volta com gás total na próxima segunda, dia 23 de abril. Às 8h30, toda a categoria se reúne em frente a Prefeitura. Não se esqueça de trazer seu jaleco para nossa atividade!
Antes disso, uma comissão de educadoras acompanhará paralisação dos trabalhadores da unidade de saúde CSU. A paralisação acontece das 8h às 9h para cobrar a contratação dos profissionais aprovados no concurso.
Prefeitura não negocia e vai até a tenda da greve tentar desmobilizar a greve
No início da tarde, o secretário de governo, Genildo Carvalho, foi até a tenda da greve para falar com as educadoras. Apesar do gesto, repetiu que a gestão apresentará uma posição no dia 30 de abril e não deu qualquer garantia de que as reivindicações serão atendidas.
Genildo voltou a dizer que a gestão Hissan não pode dar uma resposta porque precisa de mais tempo para estudar as reivindicações. Desde abril de 2017, já foram realizadas nove reuniões sobre o tema. A Prefeitura pede mais tempo para estudar as reivindicações, mas se recusa a reconhecer o direito das educadoras terem tempo para estudo e planejamento das aulas.
Além do secretário, o prefeito Hissam também saiu da Prefeitura no início da tarde para espiar a mobilização das educadoras. Nossas guerreiras da educação infantil não se intimidaram e reforçaram diante do prefeito a cobrança das reivindicações.
Em vez de negociar, a Prefeitura aposta na intimidação e espera que a decisão judicial enfraqueça a força da greve. Com a decisão de manter a greve, as educadoras mostram que não vão recuar diante da tentativa de intimidação e continuarão FIRMES na luta pela qualidade da educação infantil!
O SIFAR vem cumprindo o conteúdo da liminar, mas já recorreu da decisão judicial.
Enterro simbólico marcou o quarto dia de greve das educadoras infantis
O ato começou na manhã desta sexta-feira (20), quando as educadoras improvisaram um varal em frente a Prefeitura e penduraram cópias dos seus diplomas e certificados de especialização. Com o gesto, mostraram para a população de Araucária que possuem formação e fazem as mesmas atividades que os professores, mas não são reconhecidos por isso.
Depois do almoço, a categoria seguiu em passeata até a Praça da Igreja Matriz, onde foi feito o enterro simbólico. As cópias de diplomas e certificados foram colocados em um caixão e queimados, para simbolizar o luto diante da falta de valorização e de reconhecimento por parte da Prefeitura.