Trabalhadores de Araucária entregam pauta e Prefeitura endurece a negociação
Pressão dos sindicatos e da categoria faz governo iniciar a negociação.
Ocorreu na tarde de segunda-feira, 21 de maio, a primeira reunião de negociação entre os sindicatos (Sifar e Sismmar) que visa o reajuste da data base.
Tão logo chegou à mesa de negociações, o secretário de Governo afirmou que naquele momento a única resposta para as reivindicações era NÃO.
A postura do governo não surpreendeu. Seus representantes chegaram à reunião sem dados concretos que pudessem justificar as negativas.
Apresentaram apenas informações genéricas. Afirmaram que a arrecadação está caindo; que a médio prazo a folha de pagamento pode voltar a estourar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não apresentaram cálculos e tabelas que sustentassem a afirmação.
O secretário de Planejamento não se constrangeu ao afirmar que a Prefeitura se encontra num “vôo cego”, sem planejamento, quase um ano e meio após a posse de Hissam.
O discurso contradiz a propaganda do governo, que, no início do ano, anunciou o incremento de R$ 100 milhões nos fundos municipais e, dias atrás, comemorou o recebimento de R$ 30 milhões do Estado.
Negociação
Com o NÃO na mão, as direções sindicais foram atrás do SIM. Insistiram em conversar sobre as pautas e definir metas e datas para se discutir índices e medidas concretas.
Mesmo com índice de inflação muito baixo, governo ameaça não repor nem a inflação do ano, que está estimada em 2,82% (IPCA).
Os dirigentes sindicais lembraram que os servidores também reivindicam a reposição das perdas de 2016, quando a inflação foi 9,12% e o reajuste ficou em 3%.
Apos insistência dos sindicatos, o governo se comprometeu a apresentar uma proposta após fechar os dados do primeiro quadrimestre, em reunião agendada para o dia 4 de junho.
As representações dos trabalhadores insistiram no reajuste mínimo de R$ 100 no vale-alimentação.
Reforçaram a necessidade de que o haja uma proposta para regularizar a situação das promoções e progressões não pagas.
Professoras aposentadas presentes cobraram a incorporação do benefício dos aposentados do valor referente ao abono retirado em 2017.
PCCV
Outro item tratado foi a proposta que o governo está elaborando para os planos de carreiras dos servidores.
As direções cobraram a abertura de diálogo e o direito dos trabalhadores conhecerem e debaterem as propostas em estudo. Reafirmaram que não aceitarão a retirada de direitos do PCCV.
Assembleia
Os servidores do quadro geral e do magistério vão avaliar o andamento das negociações e debater formas de ação das categorias na assembleia que será realizada nesta quarta-feira, 23, às 17 horas, na sede do Sismmar.