Nosso voto é a luta: não apoiamos nenhum candidato, mas somos contra o fascismo!
Coluna do SIFAR, O Popular do Paraná, 04/10/2018
Fascismo é uma doutrina que defende a superioridade de uma nação ou raça sobre as outras, baseado em critérios preconceituosos. Quando o fascismo se estabelece no poder, aceita a presença do grande capital e se impõe, impedindo que as organizações operárias, como sindicatos e movimentos sociais, defendam a luta de classes. No próximo domingo, dia 7 de outubro, milhões de brasileiros vão às urnas para escolher deputados, senadores, governadores e o presidente do país pelos próximos quatro anos.
Um dos princípios do SIFAR é autonomia frente aos partidos políticos. E nós não abrimos mão desse princípio. Por isso, não apoiamos nenhum candidato. Não depositamos nossa esperança nas urnas, mas, sim, nos trabalhadores, que lutam e exigem seus direitos! Independentemente de quem esteja no poder, teremos que lutar bravamente e denunciar os ataques aos direitos dos trabalhadores.
Ainda assim, é inegável que vivemos tempos difíceis e temos um imenso desafio pela frente: barrar o avanço do fascismo em nosso país.
Não acreditamos que um candidato vá, por si só, mudar nossa realidade e, neste aspecto, todos são iguais. Porém, uma das candidaturas se diferencia por incitar a violência entre os trabalhadores, o preconceito, o racismo, o machismo, a homofobia e representa uma grave ameaça à vida dos trabalhadores.
Além disso, este mesmo candidato já anunciou que irá reprimir com violência aqueles que ousarem lutar por seus direitos. Como se não bastasse, com seu discurso de ódio e sob a bandeira da “moral” e dos “bons costumes”, incentiva a população a pegar em armas para fazer “justiça com as próprias mãos”.
As propostas e o histórico em torno desse candidato também dizem muito sobre suas intenções. Em relação às propostas, um marco da candidatura é o aumento do imposto para os trabalhadores, enquanto para os ricos, só vantagens.
Esses fatores não são inéditos na história da humanidade. Regimes totalitários que dizimaram populações, como é o caso do nazismo, na Alemanha, começaram justamente assim, com a defesa da ordem e a incitação da violência pelo próprio Estado.
Dizer #eleNão neste momento não é apoiar nenhum partido ou candidato! Pelo contrário, é assumir uma postura humanitária pela vida, respeito e direitos dos trabalhadores!
Nosso lugar não é ao lado de nenhum político, mas temos sim que nos manifestar a favor dos trabalhadores e contra o fascismo! Chega de ilusão! Não existe “mito” nem “salvador da pátria”, só as eleições não bastam! Somos nós nas ruas lutando, exigindo e cobrando nossos direitos que vamos mudar nossa realidade! #Sóalutamudaavida!