Queremos PAI público, gratuito e de qualidade

Coluna do SIFAR publicada na edição desta quinta-feira (21) do Jornal O Popular

Servidores municipais e trabalhadores que utilizam os serviços públicos de saúde de Araucária querem que a Prefeitura volte a administrar o Pronto Atendimento Infantil, chame novamente os servidores concursados que foram transferidos para outras unidades e abra novo concurso para que mais trabalhadores ingressem na unidade.

Enquanto essa é a necessidade da população trabalhadora da cidade, a gestão Hissam quer atacar mais uma vez o atendimento de saúde infantil. A administração quer tirar do PAI os únicos trabalhadores concursados que ainda restam no local: os pediatras. No lugar, a Prefeitura quer colocar trabalhadores terceirizados, sem vínculos com a comunidade e sem a experiência que os atuais médicos possuem na área.

Na última semana, durante a reunião do Comusar, o SIFAR manifestou a indignação do conjunto dos servidores com a proposta da administração em retirar, em apenas 30 dias, os pediatras concursados do PAI, quando a reivindicação é exatamente o contrário: manter esses trabalhadores que atuam há anos com atendimento de urgência e emergência infantil e repor o quadro da unidade com trabalhadores concursados.

Aqui, é preciso ficar claro que a crítica não é direcionada aos trabalhadores terceirizados. O problema é forma de contratação precarizada imposta pela Prefeitura, que prejudica tanto quem trabalha sob esse regime quanto quem depende dele para ter atendimento médico.

A privatização do atendimento do PAI já teve consequências que impactam diretamente aqueles que mais precisam dos serviços e que agora enfrentam filas enormes e a piora do atendimento prestado.

Mobilização força gestão a recuar na terceirização da saúde

No ano passado, o SIFAR, em conjunto com os servidores municipais, impôs uma dura derrota ao governo Hissam. A administração teve que assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público. O TAC exige o fim da terceirização e dá prazos para que a gestão realize concursos públicos para as áreas que foram privatizadas.

Cabe a toda população de Araucária fiscalizar o cumprimento do TAC e pressionar a administração a melhorar a saúde pública da cidade. O Termo deixa claro que a Prefeitura tem pouco mais de um ano para assumir a gestão do HMA e somente a nossa mobilização é capaz de acelerar esse processo e forçar uma agilidade maior por parte do governo para solucionar a situação do PAI.