Descaso da Prefeitura expõe crianças a riscos
Coluna do SIFAR publicada na edição desta quinta-feira, dia 25 de julho, do Jornal O Popular
A educação infantil continua sofrendo com o descaso da Prefeitura de Araucária. O último absurdo cometido pela gestão Hissam foi realocar parte das crianças do CMEI Torres, que entraria em reforma, no CMEI Gralha Azul, uma unidade completamente comprometida, que oferece riscos para os ocupantes e que já havia sido desativada.
O CMEI Gralha Azul só recebia alunos em algumas salas até ser completamente interditado há algum tempo. Isso porque a estrutura muito antiga estava comprometida, o teto deteriorado era é um perigo para alunos e trabalhadores e, além disso, o matagal no entorno da unidade também oferecia riscos devido ao acúmulo de entulhos e o aparecimento de insetos e animais peçonhentos.
Enquanto o CMEI Gralha Azul precisava ser interditado, o CMEI Torres necessitava de uma reforma para melhor atender as crianças e as educadoras infantis da unidade. Mas, para viabilizar essa reforma, a Prefeitura remanejou os alunos para três unidades diferentes: o CMEI Cachoeira, o CMEI Gilca e o CMEI Gralha Azul, este último impróprio para funcionamento.
Para além de colocar crianças de berçário e maternal em risco ocupando uma unidade que já havia sido desativada, ao fazer esse remanejamento, o governo também não considerou a dificuldade extra que os pais enfrentariam com o transporte dos filhos para unidades mais distantes.
Mas isso aparece no discurso da administração? Claro que não! A propaganda do prefeito fica em torno da inauguração de novas unidades e da expansão da rede. É importante ressaltar que, ao mesmo tempo em que alunos ocupavam um espaço sem condições de recebe-los, a administração municipal tinha a disposição salas vazias no CMEI Esperança, inaugurado há cerca de duas semanas.
Esse é o descaso da Prefeitura com as filhas e filhos dos trabalhadores de Araucária. Por isso, mães, pais e trabalhadores do município precisam estar juntos na luta por melhorias nos serviços públicos. Essa luta é de todos nós!
