Dia da Mulher é marco na luta por direitos e condições de trabalho

Já imaginou ter que trabalhar 14 horas por dia, sem direito a férias, licença-maternidade e sem ter sequer onde deixar os filhos? Sua vida seria assim se não fosse a luta de milhares de mulheres trabalhadoras que há mais de 100 anos se colocam em movimento, ombro a ombro com os demais trabalhadores, para cobrar a redução da jornada, melhores condições de trabalho e a garantia de direitos negados durante séculos às mulheres.

No Brasil, as mulheres não podiam sequer estudar até o século XIX. Todos os avanços que tivemos foram conquistados com mobilização e luta, mas ainda estamos muito longe da sonhada igualdade de direitos.

As mulheres ganham em média 22% a menos do que os homens no Brasil e trabalham mais horas todos os dias por causa do trabalho doméstico. Além disso, sofrem na pele as consequências diárias da opressão e da violência.

A cada dois minutos, ocorre um caso de violência doméstica no Brasil. O número de mortes causadas por violência de gênero vem crescendo e chegou a 1.206 em 2018. Desse total, 88,8% das vítimas foram assassinadas por seus companheiros ou ex-companheiros e 66,5% dos crimes aconteceram nas residências das vítimas. Isso mostra que o lugar mais perigoso do mundo para uma mulher ainda é dentro de sua própria casa.

Além de celebrar as conquistas, o 8 de março também é uma data de denúncia e de cobrança para que possamos avançar na construção de uma sociedade em que mulheres e homens tenham igualdade plena de direitos e sejam livres da exploração!