PEC do Pacto Federativo ataca políticas sociais, como educação e saúde
A Proposta de Emenda Constitucional 188/2019, chamada de PEC do Pacto Federativo, foi uma das três propostas apresentadas pelo governo Bolsonaro em novembro, no Plano Mais Brasil.
Essa medida inclui estados e municípios dentro das regras do Teto dos Gastos, aprovado em 2016, o que significa a unificação dos gastos mínimos obrigatórios para saúde e educação. Assim, em vez investir o mínimo de 25% em educação e 15% em saúde, os estados e municípios vão poder escolher em qual investir.
A soma dos investimentos gera uma disputa desnecessária entre os dois seguimentos, além de abrir mais uma brecha para novos cortes e má gestão, prejudicando tanto a saúde quanto a educação. E quem sai perdendo nessa história é a população trabalhadora.
Veja os principais impactos da PEC 188/2019:
o Os investimentos mínimos estabelecidos para saúde e educação serão somados. Ou seja, estados e municípios poderão redirecionar os recursos, possibilitando a retirada de verba de um seguimento para cobrir o outro.
o A PEC dá a possibilidade de retirar os gastos com os servidores inativos da folha de pessoal e incorporar essas despesas na pasta de saúde e educação. Isso vai desvalorizar os seguimentos e cortar ações específicas de cada área.
o Permite a transferência integral do Salário Educação a Estados e Municípios, o que significa um grande impacto no dia a dia dos alunos com a descontinuidade dos programas de Alimentação Escolar (Pnae), de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate), do Livro e do Material Didático (PNLD) e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
18 de março é dia de paralisação nacional em defesa dos serviços públicos
Com a desculpa de que precisa reduzir custos do Estado, mas sem mexer nos privilégios do alto escalão, o governo Bolsonaro apresentou o Plano Mais Brasil. Além da PEC 188, também fazem parte desse pacote a PEC 187, chamada PEC dos Fundos Públicos, e a PEC186, conhecida como PEC Emergencial.Entre outros ataques, acaba com o reajuste salarial e a progressão nas carreiras, reduz investimentos em serviços essenciais e propõe a extinção dos fundos públicos. Ainda tem a chamada PEC da Regra de Ouro e a Reforma Administrativa que estão por vir. Todas essas medidas representam ataques aos trabalhadores.