Hissam põe raposas para cuidar do galinheiro

Responsável por fiscalizar a terceirização do HMA é acusado de ter se juntado ao esquema de corrupção

A saúde pública de saúde em Araucária foi vítima de uma política intensiva de desmonte durante o governo Hissam. Os usuários já notavam esse desmonte há bastante tempo – o mesmo para servidoras e servidores que lutam todos os dias para prestar o melhor atendimento mesmo quando a política da gestão municipal é a precarização.

Agora, investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) trazem a tona a possibilidade de toda essa política de precarização da saúde fazer parte de um grande esquema de corrupção. A investigação aponta o desvio de dinheiro público por meio de Organizações Sociais – que não deveriam ter fins lucrativos, mas que na verdade só querem mesmo lucrar em cima do serviço público!

A operação iniciou em São Paulo, mas chegou em Araucária. Isso porque o desvio de verbas públicas acontecia simultaneamente em diversas cidades. O Hospital Municipal de Araucária (HMA), administrado pela Organização Social de Saúde Santa Casa de Birigui, não ficou de fora. Um dos nomes envolvidos no esquema é do professor Luis Fernando Rodrigues Carvalho, que foi contratado pela Prefeitura como cargo comissionado para ajudar a fiscalizar os contratos das Organizações Sociais que atuam até hoje dentro do HMA. Mas, parece que ao invés de fiscalizar, ele se juntou no esquema dos fiscalizados. É como se a gestão tivesse colocado uma raposa para cuidar do galinheiro! Na época, esta figura participava de várias reuniões do Conselho Municipal de Saúde de Araucária (Comusar). Só que na ocasião os conselheiros que lutavam contra a terceirização nunca foram ouvidos!

E não para por aí: as investigações apontam que o secretário de Saúde da gestão Hissam, Carlos Alberto de Andrade, seria um dos beneficiados com os recursos ilícitos. Agora, diante do escândalo, o secretário perdeu o cargo, o que já deveria ocorrido há muito tempo.

Esse escândalo é só mais uma prova que a saúde nunca foi prioridade na gestão do prefeito Hissam, que agora está terminando seu mandato. Prova também que os sindicatos e os servidores tinham razão em lutar contra a terceirização e a entrega do serviço público nas mãos da iniciativa privada. Quando um direito básico se torna mercadoria e alvo de lucro fácil para empresários e políticos, quem sai prejudicado é a população trabalhadora!

Se você se indigna quando não consegue uma consulta, medicamentos ou mesmo um exame para você ou alguém de sua família, DENUNCIE! Nós lutamos contra a terceirização dos serviços públicos! Seguiremos firmes por nenhum direito a menos!

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