Racismo se reflete em condições diferentes de acesso a emprego
Os dados são alarmantes e, infelizmente, crescem todos os anos. O racismo existe e faz vítimas todos os dias. E esse cenário só vai sofrer alguma mudança quando os trabalhadores começarem se reconhecer enquanto trabalhadores que possuem acessos diferentes, seja aos serviços públicos, seja ao direito de andar na rua sem ser morto, devido à cor da pele.
E nós precisamos avançar na discussão e na prática antirracista. Essa é uma tarefa de todos! Este ano, os sindicatos estão fazendo algumas indicações de leitura e de vídeos para que a gente possa aprofundar o debate, nos reconhecermos e nos posicionarmos nesta sociedade racializada.
As indicações de hoje são dois vídeos do Sílvio de Almeida. O primeiro vai abordar a questão da branquitude. Sempre falamos de consciência negra, mas você sabe que o branco não é neutro e que também tem que refletir sobre os seus privilégios nessa sociedade? Assista ao vídeo da TV Futura que fala sobre o tema em https://bit.ly/35yav6F
O segundo vídeo do Sílvio de Almeida vai falar sobre a história da discriminação racial na educação brasileira. Acesse em https://bit.ly/2UyFwRK
Indicamos ainda três livros da Conceição Evaristo: Olhos D’água, Becos da Memória e Ponciá Vicêncio, que falam sobre identidade, violência, desamparo, preconceito, fome e miséria.
Quem são nossas indicações?
SILVIO ALMEIDA
Nasceu em São Paulo, é formado em direito e também é mestre em direito político e econômico. Ele também é graduado em filosofia e é doutor em teoria geral do direito. Entre os diversos temas que aborda, a questão racial tem sido um importante legado de sua carreira. Em 2019, lançou o livro “Racismo Estrutural” e desde então tem se construído enquanto um nome muito importante para os estudos sobre o racismo no Brasil.
CONCEIÇÃO EVARISTO
Nascida em Belo Horizonte, é graduada em letras e mestre em Literatura Brasileira e doutora em Literatura. Além disso, Conceição trabalhou como professora no Rio de Janeiro. Em 1990 lançou uma série de contos e poemas. Sua literatura traz profundas reflexões sobre a questão racial retratando a realidade do cotidiano dos trabalhadores.