CME emite parecer contra retorno das aulas presenciais em Araucária

O Conselho Municipal de Educação (CME) de Araucária se posicionou contrário à retomada das aulas presenciais no município. Essa é uma vitória da pressão dos trabalhadores da educação da cidade que estão mobilizados para evitar o aumento da tragédia com a pandemia do coronavírus.

As vésperas do início do ano letivo de 2021, a Secretaria Municipal de Educação e o governo Hissam estão completamente perdidos, mas querem que as aulas presenciais retomem de qualquer forma para atender aos interesses do empresariado local e, para isso, agem com descaso em relação à exposição dos trabalhadores, estudantes e suas famílias.

Mas, na manhã desta sexta-feira (29), o CME realizou uma plenária extraordinária e, com a articulação dos conselheiros classistas, aprovou um parecer que rejeita a retomada das aulas presenciais e mantém o ensino remoto para o início de 2021.

Vale a pena ressaltar que apenas os representantes da SMED votaram contrários ao parecer e, inclusive, foram contra o acréscimo do parágrafo que aponta que o retorno só é seguro após a vacinação dos trabalhadores da educação.

SMED quer fazer propaganda com o trabalho dos outros

A Promotoria da Infância e Juventude de Araucária questionou o CME sobre o retorno das aulas presenciais. A partir dessa provocação, o Conselho convocou a reunião que ocorreu na manhã de hoje (29) para discutir o tema.

Apesar de terem sido a Promotoria e a Comissão de Volta às Aulas, composta inclusive pelo SIFAR e pelo SISMMAR, quem realmente procurou o CME para promover essa discussão, a SMED quis ganhar crédito pela ação junto à Promotoria. A secretária de Educação não procurou o CME em nenhum momento desde que o debate sobre a volta das aulas presenciais começou.

Vitória da mobilização dos trabalhadores

Esse é um primeiro passo para que servidores, estudantes e população possam se proteger do vírus. Agora, cabe à SMED cumprir o parecer do CME! Nós, trabalhadores, estamos organizados para cobrar que as orientações sejam colocadas em prática.

Os trabalhadores da educação querem retomar o ensino presencial o quanto antes tanto pela questão pedagógica quanto pelos laços criados com as crianças. Entretanto, esse retorno precisa garantir a segurança de todos. Ou seja, é imprescindível que o governo Hissam coloque os trabalhadores da educação no grupo prioritário para receber a vacina contra a Covid-19.

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