Trabalhadores da educação aprovam indicativo de greve em Araucária
A vida e a saúde de toda a comunidade escolar estão em primeiro lugar para os trabalhadores da educação de Araucária. E é por isso, que a categoria decidiu que não vai aceitar o retorno das aulas presenciais nesse momento em que pandemia ainda mata centenas de pessoas no Brasil todos os dias.
Em assembleia virtual realizada nesta quinta-feira (18), educadoras infantis aprovaram o indicativo de greve. Além disso, os servidores estarão mobilizados para conversar com os colegas e com a comunidade escolar para mostrar os perigos do retorno presencial. O recado dos trabalhadores da educação nessa assembleia foi bem claro: não seremos cúmplices da decisão irresponsável da gestão Hissam de impor o retorno presencial que pode custar muitas vidas.
Assim, a categoria se encaminha para a construção da uma greve, caso a gestão não retroceda da decisão. Retorno às aulas presenciais só quando for seguro, ou seja, só quando houver vacina e condições adequadas de segurança para todos trabalhadores da educação.
A defesa dos trabalhadores da educação não é contra o ensino presencial, afinal de contas a categoria entende o ambiente presencial como espaço indispensável para o aprendizado e por isso, o que a categoria mais quer é estar de volta às unidades escolares com seus alunos. No entanto, não podemos admitir que esse retorno para escolas e CMEIs aconteça de forma precarizada.
O que os trabalhadores da educação querem é segurança para voltar ao local de trabalho, ou seja, a luta é por vacina, por adequações na estrutura que permitam medidas básicas, como a ventilação dos ambientes, entre outros aspectos da segurança que estão sendo negligenciados. Isso sem falar que no caso das crianças menores, é impossível manter o isolamento na prática. Como os trabalhadores do berçário vão trabalhar sem poder tocar nos bebês? Ainda sem falar do receio que os trabalhadores sentem, de poder ser vetor de transmissão da doença.
Não é possível retomar as aulas presenciais nesse momento em que a pandemia segue com força, potencializada pelas novas variantes do vírus e pela irresponsabilidade dos governos.
Reconhecimento e hora-atividade
Além de definir as ações contra o modelo híbrido de ensino durante a pandemia, a assembleia também tratou do reconhecimento e da hora-atividade, duas lutas importantes para as educadoras infantis do município.
Com relação ao reconhecimento, o repasse feito à categoria é do processo de estudos feito pela gestão municipal, que demonstra lentidão e pouca boa vontade com os trabalhadores.
Também foi levada para a categoria a proposta da hora atividade apresentada pela SMED, de instituir hora-atividade de 20% com ajuda de estagiários. A proposta não atende à necessidade da categoria e foi rejeitada por unanimidade na assembleia, já que os estagiários não podem se responsabilizar pelos alunos.
Os trabalhadores da educação seguem firmes na luta em defesa da vida de toda a comunidade escolar. Nesse momento, é importante que os alunos e familiares também estejam do nosso lado. Por isso, é fundamental conversar com a comunidade para mostrar os riscos do retorno presencial. Assim como as crianças e os familiares, o que os trabalhadores desejam é retornar para as escolas e CMEIS, só que sem ter que abrir mão da segurança para isso. Aula presencial sem segurança é irresponsabilidade da gestão Hissam!