Reunião com a SMAS retoma cobrança por condições de trabalho e ampliação das políticas de assistência social

A luta por condições de trabalho e pela ampliação das políticas de assistência social segue firme em Araucária. Na última sexta-feira (2), a direção do SIFAR se reuniu com a gestão para debater o andamento das reivindicações das servidoras e servidores que estão na linha de frente do atendimento à população em situação de vulnerabilidade social.

A negociação ocorreu após uma das principais reivindicações do último ano começar finalmente a ser atendida, com a vacinação dos servidores da assistência social e da população em situação de rua. Com o avanço dessa importante pauta, o SIFAR aproveitou a reunião para reforçar a cobrança por outras medidas de segurança necessárias para controlar a transmissão da Covid-19, como a garantia de testes periódicos para os trabalhadores e a distribuição de máscaras mais seguras, PFF2 ou N95, que possuem eficácia de cerca de 98% e podem ser consideradas Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

A reunião contou com a presença da secretária de Assistência Social, Leonice Lara Lacerda e do secretário de Governo, Genildo Carvalho. A secretária, que assumiu a pasta em abril, assumiu o compromisso de solicitar a compra das máscaras, garantir capacitação sobre os protocolos de higiene e prevenção à Covid-19 para os servidores e para os trabalhadores terceirizados e também afirmou que há um projeto em andamento de ampla testagem.

A urgência na ampliação dos equipamentos e das políticas de assistência social diante do aumento da miséria e da vulnerabilidade social também foi um ponto debatido na reunião. Segundo a gestão, a criação Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro Pop) pode ocorrer ainda este ano e está condicionada à mudança do Almoxarifado e Creas para o novo complexo no Jardim Pequim. Ainda não há previsão para criação de uma Casa de Passagem e o albergue permanente, outra reivindicação antiga da categoria, depende da reforma da adequação do espaço que será utilizado.

O SIFAR também cobrou solução para os problemas enfrentados para o atendimento de alta complexidade nas Casas de Acolhimento e da Cidadania. Em resposta, a gestão se comprometeu a atender as reivindicações e garantir a substituição dos trabalhadores que precisarem se afastar por licença médica e um plano de contingência com local adequado para que os acolhidos com sintomas de Covid-19 possam se manter em quarentena.

A direção do Sindicato reafirmou ainda a necessidade de garantir suporte e segurança permanentes para a equipe que atua no albergue provisório da Operação Inverno. Segundo a gestão, não é possível destacar um efetivo da Guarda Municipal e por isso serão buscadas outras alternativas.

A gestão abriu diálogo e se comprometeu a analisar três reivindicações históricas da categoria: a regulamentação das remoções, a equiparação salarial entre assistentes sociais e psicólogos e a equiparação salarial entre educadores sociais e educadores infantis.

Reivindicações mais antigas das servidoras e servidores da assistência social também foram debatidas na reunião e serão reencaminhadas novamente à Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas. Entre elas, estão a cobrança pela contratação de mais servidores para recomposição das equipes; o adicional de risco técnico e a gratificação por trabalho técnico relevante.

O início da vacinação, a garantia de EPIs e o avanço nas condições de trabalho são conquistas da pressão e, infelizmente, chegam de forma tardia para quem perdeu a vida para a Covid-19 no exercício da profissão. É por isso que a nossa luta não para por aí! Para todos e por todos, exigimos vida, pão, teto e vacinação!

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