Hissam não tem dinheiro para melhorar o atendimento à população, mas tem milhões de reais sobrando para empresa privada
Depois de negar o reajuste aos servidores municipais de Araucária alegando falta de dinheiro, uma notícia chocante veio à tona essa semana e provou mais uma vez que o discurso da gestão Hissam é vazio. A Prefeitura de Araucária quer contratar, às pressas, uma empresa privada para instituir a Reforma Previdenciária e Administrativa no município, pelo valor de R$9,8 milhões.
É isso mesmo. Hissam não tem dinheiro para investir no funcionalismo público e, consequentemente, no bem-estar da população, mas por acaso tem quase 10 MILHÕES de reais sobrando para dar a uma empresa privada somente para propor mudanças prejudiciais que vão afetar todos no município de Araucária. E o pior de tudo é que a Prefeitura também está abrindo mão do processo licitatório. Ou seja, não haverá a publicação de um edital, análise de preços ou um estudo minucioso a respeito da empresa contratada. Será um processo acelerado e totalmente sem transparência.
O que causa ainda mais indignação é que quando o assunto é retirada de direitos há sempre uma urgência e atropelamento de todas as medidas que possam garantir a lisura da contratação. No entanto, o estudo para o reconhecimento das Educadoras Infantis, por exemplo, foi extremamente lento e enrolado. Inclusive, em maio de 2020, a Prefeitura anulou o processo de licitação para a contratação da empresa que acompanharia o estudo, alegando que havia “vícios” na fórmula do preço final no edital de licitação. Pelo que tudo indica, a gestão Hissam não terá a mesma atenção, muito menos a mesma lentidão.
Assim, Hissam segue mais uma vez o exemplo de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, que além da Reforma da Previdência querem aprovar também a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), que tramita atualmente no Congresso Nacional, propondo um ataque direto aos concursos públicos, estabilidade dos servidores e a precarização dos serviços públicos. No município, fica clara a intenção da Prefeitura de modificar o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e de aplicar a reforma da previdência do governo Bolsonaro, aumentando o tempo de contribuição para até 40 anos e também a idade para a aposentadoria.
E não serão somente os servidores municipais que sofrerão com esses ataques. Com a precarização do funcionalismo público, que abre as portas para a terceirização, o atendimento será muito prejudicado e toda a população será afetada pelos atos inconsequentes da gestão Hissam.
Diante da hipocrisia da Prefeitura de negar o reajuste dos servidores para melhorar o atendimento ao público e, ao mesmo tempo, gastar milhões de reais com empresa privada, temos certeza de que há condições para conceder a recomposição salarial. Por isso, é preciso intensificar a nossa união e mobilização para lutar contra essa manobra absurda e inaceitável da Prefeitura.
E para barrar também os ataques do governo federal, o funcionalismo público de Araucária, junto ao SIFAR, se soma à MOBILIZAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES, NO DIA 18 DE AGOSTO. O Sindicato segue na defesa dos direitos dos trabalhadores e na luta para garantir um serviço gratuito e de qualidade. Só a luta muda a vida!