Servidores definem nova assembleia para dar continuidade à LUTA em defesa de direitos
Mais uma vez, a gestão Hissam se mostrou intransigente diante das reivindicações dos servidores municipais de Araucária durante a mesa de negociação que ocorreu na tarde desta quarta-feira (25). E apesar de sempre querer reforçar um discurso de respeito aos trabalhadores, a Prefeitura empurrou a discussão da data-base para 2022 e manteve outros ataques. Por isso, os servidores que realizaram dois dias de paralisação e luta por nenhum direito a menos definiram a realização de uma nova assembleia para a próxima segunda-feira (30), às 17h30.
Na assembleia, vamos discutir novamente os principais pontos da mesa de negociação, como a imposição da gestão Hissam de discutir a reposição salarial somente em 2022, alegando incertezas nas contas da Prefeitura durante a pandemia e a necessidade de garantir o equilíbrio financeiro. E apesar de todos os argumentos da comissão de negociação, os representantes da Prefeitura não cederam na recomposição salarial e insistiram que a negociação só será possível em março de 2022.
Outro ponto que a Prefeitura não cedeu foi o cancelamento do contrato de aproximadamente R$10 milhões com a empresa privada contratada sem licitação e que vai aplicar a reforma administrativa e da previdência no município. Além de dizer que vão seguir com a empresa, a gestão foi evasiva e dura quando a comissão de servidores reafirmou que os trabalhadores não aceitarão que retirem os direitos do PCCV, do estatuto dos servidores, e outros ataques.
Após vários argumentos na mesa de que não há justificativas para a Prefeitura não negociar a recomposição no valor do Vale-Alimentação, a comissão conseguiu arrancar uma nova reunião para o dia 8 de outubro para discutir essa pauta. Para além disso, os secretários de governo e finanças, assim como o procurador do município e o diretor-geral do departamento de gestão de pessoas, se comprometeram em defender a reposição dos dois dias de paralisação dos servidores, junto às secretarias. Essa decisão e a orientação deve ser encaminhada ainda hoje para todas as chefias e coordenações.
A luta continua!
Os representantes da Prefeitura afirmaram diversas vezes durante a reunião que o servidor público de Araucária não está sofrendo prejuízo algum no momento, o que é um discurso absurdo, pois os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público sofrem com a realidade todos os dias em seus locais de trabalho. Para além dos salários e o Vale-Alimentação congelados desde 2019, as carreiras, triênios, quinquênios e progressões estão estagnados. O caos só aumenta junto com o preço dos alimentos, assim como o custo de vida em geral. E na pandemia, os servidores não pararam de trabalhar para garantir o atendimento à população e infelizmente muitos perderam suas vidas para a Covid-19.
Por isso, a resposta dos servidores a esse discurso vazio da Prefeitura foi e deverá seguir somente com a pressão dos servidores mobilizados! As paralisações dos dias 18 e 25 de agosto contaram com uma participação de peso dos servidores e servidoras que carregam o município nas costas, mesmo sem todas as condições de trabalho necessárias para atender a população todos os dias. Esta é uma demonstração da nossa força e resistência diante das tentativas de retirada de direitos.
Reafirmamos que não vamos aceitar nenhum direito a menos e vamos dar continuidade à mobilização na próxima assembleia, na segunda-feira (30) às 17h30. FIRMES!
Pingback: Educadoras cobram atualizações do PL da categoria – SIFAR