VITÓRIA! Arquivamento de inquérito policial de diretor sindical confirma prisão como perseguição dos que lutam

Vitória dos trabalhadores! Após a batalha que ocorreu na Câmara Municipal contra o aumento da alíquota, no dia 3 de setembro, que culminou na prisão do diretor do SIFAR, Rodolfo Luís da Luz, a Juíza da Vara Criminal de Araucária arquivou o inquérito policial que visava incriminar o dirigente sindical de dano qualificado.

O próprio Ministério Público, que no direito criminal cumpre o papel de acusar, pediu o arquivamento, por entender que, ainda que houvesse dano, o custo de uma maçaneta é insignificante para ser considerado crime de dano como quis a delegada que instaurou o inquérito policial. Ou seja, a acusação é tão absurda que tanto o MP quanto o judiciário arquivaram.

Rodolfo, assim como os demais trabalhadores, protestava contra a redução salarial de 3% que Hissam e os seusvereadores promoveram contra os servidores. Ao ser retirado com violência da porta da câmara, Rodolfo se segurou na maçaneta e caiu, necessitando de ajuda para se levantar antes que fosse pisoteado.

Mas o que mais chama a atenção é que ele não foi preso no local! Diferente da versão apontada pela guarda municipal, o servidor foi preso de forma truculenta quando estava na delegacia acompanhando um colega que havia sido machucado.

E sob o comando do Secretário de Segurança, a guarda conduziu o dirigente alegando que ele agiu com o intuito de cometer crime.

Tudo isso porque Hissan e seu atual secretário tentam de todas as formas incriminar os trabalhadores que se organizam e questionam a sua política de retirada de direitos. Sem reposição da inflação nos salários defasadospor dois anos e com aumento de trabalho na pandemia, nos manifestávamos contra a retirada de mais 3% dossalários.

Lutar não é crime e o dano maior é o nosso arrocho salarial e o desmonte dos serviços públicos, que atendem outras famílias de trabalhadores. A violência usada pela guarda foi desproporcional e isso vem crescendo na cidade como temos visto também nos despejos urbanos.

Incriminar dirigentes sindicais e líderes de movimentos sociais junto com o aumento da violência estatal é a tentativa do governo de calar a voz dos que lutam por salário, moradia, alimentação e melhores condições de vida.

 

Entenda o que REALMENTE aconteceu:

Com a truculência orquestrada pelo Secretário de Segurança Pública Antônio Edson do Santos, mais de 20 servidores e servidoras acabaram feridos. Entre eles, um servidor que foi atingido por uma bala de borracha próximo a virilha e teve que ser levado imediatamente para a UPA. Devido a forma ameaçadora como a guarda municipal agiu, Rodolfo foi acompanhar o colega até uma Unidade de Pronto Atendimento.

O problema é que a Guarda nem esperou o servidor se recuperar e exigiu que eles fossem levados até a delegacia para coletar o depoimento do trabalhador. Com ferimentos gravíssimos, o servidor foi tratado sem nenhuma dignidade. Claro, esse show de horrores aconteceu na presença do secretário de segurança que nada fez, além de se encorajar os maus tratos.

E onde entra o Rodolfo nisso tudo? Enquanto acompanhava o colega na delegacia, Rodolfo teve a prisão decretada de forma totalmente arbitrária. Sua prisão aconteceu em flagrante dentro da delegacia, horas depois de terem saído do ato. Ou seja, o diretor do SIFAR foi vítima de um esquema de repressão para assustar os trabalhadores, não existia nenhum motivo para a sua prisão, apenas a necessidade da gestão Hissam de mostrar poder!

Vigília pressionou a soltura de Rodolfo e Daniel

Após a prisão de Rodolfo e do Professor Daniel Lazinho ,os servidores e servidoras foram até a porta da penitenciária de Araucária e se recusaram a sair de lá até que ambos os colegas fossem soltos. Após a expedição do mandato de soltura, os trabalhadores ainda demoraram horas para serem liberados.

Felizmente, a luta dos servidores e servidoras mostrou que quem luta tem muita coragem e que ambos os trabalhadores não seriam deixados sozinhos! A força e união da categoria e dos demais trabalhadores que estavam presentes na vigília fez com que o Estado fosse obrigado a recuar e soltar ambos os servidores.

RECEBA NOSSO INFORMATIVO


    Acompanhe nossas redes sociais