Demonstrar nas ruas a insatisfação dos trabalhadores com Bolsonaro e os militares

Em reunião com embaixadores nesta segunda-feira (18), Bolsonaro colocou em dúvida, mais uma vez, o sistema eleitoral brasileiro. O mesmo que elegeu ele e sua corja em 2018, e que o elege há mais de 30 anos. Mas não é só isso. Bolsonaro tem tentado amedrontar os trabalhadores com uma ameaça de golpe militar desde o início do seu governo, e agora, com a chegada das eleições, suas ameaças têm se intensificado.

O circo construído pelo atual presidente demonstra o desespero em relação à impossibilidade de reeleição, e tenta atingir seus aliados mais ferrenhos, aqueles que estão dispostos a tudo, inclusive a matar. Marcelo Arruda, servidor público, foi uma das vítimas na última semana. E nesta semana, no Rio de Janeiro, um deputado Bolsonarista e seguranças armados tentaram intimidar manifestantes durante uma atividade de Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato ao governo do Rio. A política autoritária e fascista de Bolsonaro fere as liberdades e direitos democráticos dos trabalhadores, criminalizando movimentos sociais, sindicatos e colocando um alvo nas costas daqueles que defendem os direitos da classe trabalhadora.

Os absurdos também servem como cortina de fumaça para o que vêm sendo aprovado por aliados de Bolsonaro na Câmara e no Senado. A PEC Eleitoreira, que amplia benefícios sociais apenas até dezembro, foi aprovada a partir de uma manobra política que colocou o Brasil em estado de emergência. O problema é que a PEC é só uma tentativa de reeleição de Bolsonaro e que na prática os trabalhadores continuam desempregados, na informalidade e na miséria. A PEC mostra que existe margem financeira no país para melhorar a vida da classe trabalhadora, mas não é isso que Bolsonaro e seus aliados querem.

São 63 milhões de brasileiros que estão passando fome, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e este é um fato que Bolsonaro não pode esconder e nem negar. É uma marca de seu governo que ficará para sempre na história junto com o desemprego, o retrocesso nas políticas públicas e a carestia.

Quanto mais perto das eleições, mais Bolsonaro irá instigar seus apoiadores à violência. E antes que isso aconteça, é necessário que os trabalhadores tomem as ruas. Que as grandes centrais sindicais convoquem à luta todos e todas que continuam resistindo. Não basta esperar as eleições, o bolsonarismo e os militares não desaparecerão com a troca de governo, por isso, é necessário dizer novamente Ele Não demonstrando nas ruas a insatisfação dos trabalhadores com este governo autoritário que vem destruindo a vida da população. Motivos não nos faltam!

O SIFAR, junto à Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora seguem na luta em cada local de atuação para garantirmos melhores condições de vida para os trabalhadores e trabalhadoras.

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