Despejo violento deixa 700 trabalhadores desabrigados no Paraná
Durante a última terça-feira (10), o governo do estado do Paraná, em conjunto com a Prefeitura de Curitiba, despejou mais de 700 trabalhadores da ocupação Povo Sem Medo, no Campo do Santana em Curitiba. A ação truculenta da Polícia Militar do Paraná impediu que grande parte dos trabalhadores sequer retirasse seus pertences, suas casas foram derrubadas com tudo o que havia dentro, desde móveis até documentos. Muitas famílias estavam no trabalho quando a ação violenta da PM aconteceu, quando chegaram em suas casas tudo já havia sido destruído.
Sem nenhuma medida de acolhimento por parte da Fundação de Ação Social (FAS), e de realocação pela COHAB, as famílias foram despejadas sem ter para onde ir. Enquanto o Estado, na figura de Ratinho Junior e Greca, negligencia os trabalhadores que foram despejados de suas casas, os movimentos sociais têm dado a assistência necessária e para continuar fazendo este trabalho precisam de doações, o pix pode ser de qualquer valor para o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) no e-mail mtstparana@gmail.com.
A negligência dos governantes é parte de um projeto político de extermínio da população mais pobre e não pode ser aceito pelos trabalhadores, a moradia é um direito! Em 2019, 1,5 milhão de brasileiros moravam de forma precária de acordo com a Fundação João Pinheiro, isso sem contar os trabalhadores que estão em situação de rua. O terreno desocupado em Curitiba, agora segue sem nenhuma função social e abandonado, como tantos outros.
O despejo aconteceu de forma violenta logo depois do governo do Paraná ser obrigado a desocupar os acampamentos dos bolsonaristas em frente aos quartéis. Entretanto, a diferença entre as ações da PM são claras: para os trabalhadores que não tem moradia, o Estado reservou a violência e o descaso, já para os golpistas que estavam há mais de um mês em frente aos quartéis, a retirada foi com diálogo. Ratinho Junior e Greca tem um lado claro, o do fascismo e do grande empresariado, não estão e nunca estiveram ao lado dos trabalhadores.
