Mobilização segura o pacotaço mais uma vez, e garante nova negociação da data-base
Ontem, terça-feira (20), mais de 600 servidores e servidoras se manifestaram em frente à Prefeitura com toda sua indignação contra o pacotaço. A mobilização deu força para a reunião de negociação sobre a data-base que aconteceu durante a tarde e garantiu o compromisso da Prefeitura de não tramitar os Projetos de Lei do pacotaço até o 5 de julho.
Além disso, a pressão dos servidores garantiu uma nova mesa de negociação sobre a data-base nesta quarta-feira (21), às 14h, já que o índice de 3,74% apresentado pela Prefeitura é insatisfatório. Além disso, a negociação também deve tratar do pagamento do reajuste, o executivo sinalizou que não irá realizar o pagamento na folha deste mês (junho), nem de forma retroativa em julho, ignorando a data-base.
O valor de 3,74% reflete apenas a inflação deste ano, desconsiderando o que ainda é devido pela administração de anos anteriores. A assembleia rejeitou a proposta do governo e reiterou a necessidade de uma reposição inflacionária que considere os anos que deixaram de ser recompostos, portanto, os 15% de reajuste exigidos pela categoria.
É importante lembrar que os aposentados estão em uma situação financeira muito difícil, sem o vale-alimentação estes servidores estão com os salários ainda mais defasados e precisam do reajuste inflacionário que é de direito.
Em relação ao vale-alimentação, os servidores tiveram uma vitória e garantiram os 10% de reajuste, totalizando R$ 1.100.
Piso da enfermagem
O piso da enfermagem também foi discutido e deve ser retomado nesta quarta (21), o Secretário de Saúde já havia se comprometido com o pagamento que até agora não foi realizado. A assembleia aprovou apoio aos trabalhadores da enfermagem e a luta pelo piso no dia 29 de junho, dia nacional, data em que será realizada uma mobilização nos locais de trabalho. Nesta quarta (21), o SIFAR irá cobrar novamente que o Secretário cumpra o que havia se comprometido.
Educação infantil e piso do magistério
As professoras de educação infantil tiveram um avanço na mesa de negociação, a Prefeitura se comprometeu a não retirar o valor do reajuste salarial do complemento, como foi em 2022. Além disso, uma nova rodada de negociações sobre o piso do magistério deve ser realizada.
Entretanto, a gestão ainda vai gerar perdas para as professoras de educação infantil pois pagará o reajuste apenas sobre o valor do salário-base, ignorando mais uma vez o complemento como uma parcela do salário. Isso acontece porque ao invés de reajustar o salário base das professoras ao piso salarial do magistério, como é direito, a gestão usou de um subterfúgio para pagar como forma complementar o que faltava, o problema é que sobre este valor não incidem os reajustes e nem o 13º salário.
Veja todos os encaminhamentos!
- Exigência de reajuste de 15%: nova negociação nesta quarta, dia 21, às 14h;
- Mobilização contra o avanço do pacotaço: 5 de julho;
- Mobilização da enfermagem nos locais de trabalho da saúde: 29/06;
- Participação da categoria no COMUSAR que irá debater novamente o pacotaço: 20/07.