Educação infantil luta contra proposta absurda da SMED de aumentar crianças em sala de aula

A Secretaria Municipal de Educação de Araucária (SMED), aproveitou a greve dos servidores municipais para enviar um ofício ao Conselho Municipal de Educação (CME) solicitando o aumento do porte das turmas de educação infantil. Ao que parece, a atual secretária de educação Adriana Palmieri não se importa com a qualidade do aprendizado dos alunos e quer tornar a sala de aula um depósito de crianças, algo que professoras de todo o país lutam há anos para que não aconteça.

Indo na contramão do que pressupõe uma educação de qualidade, a SMED não dialogou e nem sequer ouviu as professoras que são completamente contrárias a proposta absurda e abusiva. A proposta da Prefeitura é aumentar pelo menos 4 crianças por turma (2 a cada professora) do infantil bebê, infantil 1, 2, 3; e duas crianças (1 por professora) no infantil 5.

As turmas já sofrem com a superlotação, os espaços são pequenos e as professoras mal dão conta do número de alunos que tem agora. É um absurdo imaginar que uma professora precise dar conta de seis bebês, e agora terão que dar conta de 8. Ou então, quando olhamos para as turmas de infantil 2 (3 anos), que cada professora precisa dar conta de 10 crianças e com a proposta da SMED terá que dar conta de 12.

Hoje já não existe tempo hábil para o ensino, os cuidados como alimentação e a troca de fraldas ou uso dos banheiros, o afeto, se essa proposta passar será impossível que as professoras realizem seu trabalho com qualidade. O adoecimento mental irá se tornar mais comum, as dores devido ao trabalho como nas cordas vocais e na coluna irão virar parte do dia a dia. A proposta da SMED piora a educação e adoece as professoras e, por isso, não pode ser aceita!

Além disso, não existe espaço físico nas unidades escolares, e nem estrutura de materiais, além de faltar cerca de 50 professoras de educação infantil na rede. Aumentar o porte das turmas é uma forma de mascarar a falta de qualidade da educação e tirar do colo da atual secretária e da gestão Hissam a responsabilidade pelas filas dos CMEIs, é uma política de manobra que não condiz com a realidade que as professoras encaram todos os dias.

Hoje, as professoras estão em ato, em frente ao CME, gritando para que a população ouça o recado de que para uma educação de qualidade é preciso garantir condições de trabalho. Escola é local de aprendizado, não é depósito de crianças. Existem diversas outras formas de zerar a fila da educação, basta investimento, ampliação da estrutura e contratação.

O SIFAR apoia a luta das professoras de educação infantil e segue firme em defesa de uma educação de qualidade no município e por condições de trabalho!

 

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