No dia 3 de setembro é preciso retomar o lema: só a luta muda a vida!
Há dois anos, no dia 3 de setembro, a Câmara de Vereadores foi palco da truculência da gestão Hissam. Os servidores que lutavam contra o confisco de 3% do salário foram agredidos a mando do ex-secretário de segurança pública Antônio Edson.
Neste dia os trabalhadores foram agredidos fisicamente com socos e pontapés, a violência foi tanta que a Guarda Municipal atingiu um servidor em cheio com balas de borracha, os estilhaços machucaram diversas pessoas. Além disso, dois servidores foram presos de forma arbitrária e violenta, o atual diretor do SIFAR, Rodolfo da Luz e o ex-diretor sindical do SISMMAR, Daniel Lazinho.
Após coletar provas, o SIFAR abriu uma denúncia contra as posturas violentas e antissindicais da gestão no Ministério Público do Trabalho (MPT) que recentemente reconheceu a violência empregada naquele dia e abriu uma Ação Civil Pública contra a Prefeitura. Na ação, o ex-secretário é citado diretamente como quem incitou e partiu para cima dos servidores, especialmente as mulheres. Além disso, o inquérito deixou claro que a violência partiu de quem era conivente com Hissam na época, contrariando o discurso de alguns parlamentares que também tem suas mãos sujas de sangue.
O episódio marcou a vida dos que estavam presentes e mostrou do que uma gestão autoritária é capaz. Entretanto, diferente do que era esperado pelo governo, a truculência não amedrontou os servidores, o dia 3 de setembro mostrou que é preciso resistir. Desde 2022, a mobilização tem crescido cada dia mais, o pacotaço foi barrado diversas vezes e por dois anos consecutivos houve reajuste salarial e complemento do vale-alimentação. Lutar não é crime, é direito!
Em defesa da carreira e da previdência é preciso enterrar o pacotaço
Com a vitória da greve do dia 15 de agosto, os servidores tem pelo menos 90 dias para enterrar de vez o pacotaço. Agora, é preciso relembrar todos os momentos vitoriosos de luta,ou que marcaram a história como o 3 de setembro, para continuar a mobilização e garantir que estes ataques não avancem. Os direitos dos trabalhadores não podem ser negociados, a luta garantiu que os servidores chegassem até aqui, e continuará garantindo nenhum direito a menos.
A mobilização daqui em diante se dará em duas frentes, a primeira são estudos sobre o serviço público que incluem as necessidades de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCV), a defesa da aposentadoria e do Fundo de Previdência Municipal de Araucária (FPMA), avaliações sobre as condições de trabalho, estrutura e a defesa do serviço público contra a privatização e terceirização. A segunda frente é a organização dos locais de trabalho para uma grande mobilização contra o pacotaço, os Projetos de Lei são um ataque gravíssimo aos direitos dos servidores e devem ser enterrados. Só a luta muda a vida!