Assembleia dos servidores liga o alerta em relação a nova greve contra o pacotaço
Na última semana, em assembleia realizada na terça-feira (17), o SIFAR e os servidores ligaram o alerta em relação ao pacotaço. Durante as reuniões, a Prefeitura mostrou que não pretende fazer grandes alterações nos Projetos de Lei, escolhendo avançar com a proposta da Fundação Instituto Administração (FIA).
Nas reuniões, ao que tudo indica, há uma possibilidade de que Hissam rompa com o diálogo e envie o pacotaço para a Câmara de Vereadores em novembro, antes mesmo do término de 90 dias de debate. Esta postura é sinal de que devemos ficar em alerta. Continuaremos a buscar o diálogo, mas é importante que os servidores estejam preparados para possíveis ações de mobilização, inclusive uma nova greve, caso a gestão rompa as negociações.
Como parte desse esforço de mobilização, nos dias 10 e 11 de novembro, será realizado um Seminário em Defesa da Carreira, da Previdência e do Serviço Público. O espaço irá servir para que os servidores possam discutir o que é necessário para um serviço público de qualidade e levar para a prefeitura uma contraproposta aos ataques. Anote na sua agenda e participe!
CPI aberta, só a pressão pode garantir a investigação
Após os estudos realizados pelo SIFAR, SISMMAR e FPMA, os vereadores acataram o pedido dos sindicatos de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigação do contrato entre a Prefeitura e a FIA. Entretanto, os vereadores que estavam se negando a abrir a investigação por serem da base aliada do Prefeito são justamente os que assinaram o documento de abertura e agora compõe a comissão de investigação.
É preciso, portanto, ficar de olho e nos mantermos mobilizados para cobrar que a CPI não seja usada como manobra da Prefeitura para empurrar para baixo do tapete todos os indícios de superfaturamento.
Festa, finanças e venda do terreno
Uma moção de repúdio foi aprovada devido a retirada do vale-alimentação dos diretores liberados do SIFAR. A medida é mais uma forma da Prefeitura de tentar calar os que denunciam a gestão, felizmente, os princípios carregados pela gestão do SIFAR não se abalam facilmente. Os servidores também reiteraram a importância de que o sindicato cubra esse valor, já que para os diretores o valor representa mais de 1/3 do valor total do salário.
Os servidores também decidiram que neste ano não haverá a tradicional festa do servidor. Isso porque, a organização de um evento como esse exige um grande esforço da equipe de trabalhadores do SIFAR e da direção do sindicato. Neste momento, toda a estrutura do SIFAR está voltada para a luta contra o pacotaço e outras demandas políticas dos servidores. Além disso, a festa do servidor é um evento que custa caro para o sindicato, portanto, neste momento de lutas intensas, os servidores decidiram que é melhor poupar este dinheiro.
Ainda no tema das finanças, houve o repasse de três processos que o sindicato terá que pagar em um período não muito distante. O primeiro deles é de R$ 180 mil, referente a uma multa aplicada pela Prefeitura e por alguns vereadores que acusam o SIFAR de ter colado cartazes de críticas a eles na cidade. Uma forma de censura e punição.
Outros dois processos também estão em curso e devem onerar o caixa do sindicato, para mais informações os servidores podem entrar em contato com o SIFAR pelo número (41) 99886-0107. Os servidores precisam estar cientes e acompanhar a situação para que haja organização coletiva para recompor o caixa do sindicato se for preciso.