Prefeitura nega proposta de reajuste dos servidores, nova reunião acontecerá na sexta-feira (15)

Nesta quarta-feira (13), aconteceu a primeira reunião entre servidores, sindicato e Prefeitura para discutir a Campanha Salarial e condições de trabalho. Logo no início, representantes da Prefeitura disseram não terem sido avisados pela secretaria de governo sobre a reunião, entretanto, inicialmente já negaram o reajuste devido aos servidores e se comprometeram apenas com o reajuste inflacionário, em junho.

A reivindicação dos servidores, aprovada em assembleia, é de haja o reajuste de 15% nos salários. Isso porque a Prefeitura tem uma dívida acumulada de 13,80% – considerando a inflação de 2023 a 2024 – além dos servidores estarem há anos sem ganho real. Este reajuste precisa acontecer até abril devido ao ano eleitoral, por isso a discussão é urgente.

De acordo com o secretário de finanças, Luciano Stall, a Prefeitura pretende apenas reajustar a inflação dos últimos doze meses equivalente a pouco mais de 3%. Além disso, o valor seria pago apenas em junho. Já a dívida acumulada que a gestão tem com os trabalhadores seria ignorada. Em relação ao vale-alimentação, o representante se comprometeu a trazer uma proposta na próxima reunião que será na sexta-feira (15).

É importante que os servidores mostrem sua indignação nos locais de trabalho para ampliarmos a pressão para a nova reunião do dia 15, que será às 9h30. Além de tentar avançar na pauta econômica, a reunião deve debater as outras reivindicações que nem não foram abordados hoje.

E em assembleia, os servidores definiram a data da próxima mobilização no dia 19, próxima terça-feira, um ato às 16h, e assembleia conjunta da Campanha Salarial e contra o pacotaço a partir das 17h para repasse das negociações e debate dos servidores. Vamos pressionar por condições de trabalho e pelo pagamento da dívida da gestão!

Reivindicações das categorias, aposentados e DSO

As condições de trabalho e a situação dos aposentados são reivindicações importantes na reunião. Entretanto, com a falta de preparo da gestão, as discussões foram empurradas para a próxima sexta (15).

O Departamento de Saúde Ocupacional (DSO), foi a única pauta a ser minimamente discutida, mas com pouco avanço já que nenhuma proposta de melhoria foi realmente feita e o único comprometimento foi de uma reunião que envolvesse o secretário de governo Vanderlei Cabeleireiro. De acordo com o diretor de gestão de pessoas Ricardo Machado e a médica responsável pelo DSO, eles não teriam poder decisório sobre modificação de Decretos e por isso seria necessário um outro espaço.

Ambos também alegaram que não sabiam do péssimo tratamento que os servidores e servidoras têm tido no departamento, sendo no último ano foi preciso abrir um processo sobre o péssimo tratamento dado à servidores com pais idosos que precisam ser acompanhantes, isso fora as reclamações que não chegam até o sindicato porque são realizadas diretamente na ouvidoria, ou que foram feitas através do jurídico do SIFAR.

A discussão específica sobre o DSO será cobrada e esperamos que seja realizada de forma séria para atender as demandas dos servidores. Só em 2023, servidores com pais idosos tiveram atestados de acompanhantes negados e pessoas com filhos em internamento foram desrespeitadas.

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