Ditadura nunca mais: lutar para que nunca mais aconteça

Há 60 anos o Brasil sofreu um golpe militar deu início a uma ditadura militar no país. Foram duas décadas marcadas por perseguição, tortura e morte aos que lutavam pela democracia, por melhores condições de vida e pela transformação social.

E mesmo após o fim da ditadura em 1985, as práticas de repressão e violação dos direitos humanos ainda reverberam em nossa sociedade e nos políticos saudosistas do autoritarismo, como foi o antigo governo Bolsonaro. Em 2023, o dia 8 de janeiro foi um dia marcado pelo autoritarismo em uma tentativa – fracassada – de um novo golpe militar, com preparação de meses em frente aos quartéis, o apoio de militares e o financiamento de empresários de extrema-direita.

Hoje, é preciso lembrar os mortos e desaparecidos, as atrocidades cometidas pela tortura e a necessidade de continuarmos em alerta para que nunca mais um governo militar seja instaurado no país. Os 21 anos de ditadura promoveram um massacre que até hoje os militares tentam esconder. Parte dessa história ficou evidente com a Comissão Nacional da Verdade que em seu último relatório, em 2014, conseguiu comprovar a morte e o desaparecimento de 434 vítimas da ditadura militar no país. Os números são, com certeza, muito mais baixos do que a realidade, de acordo com a Comissão da Verdade grande parte dos registros foi destruído como forma de tentar apagar a memória destes trabalhadores. Além disso, os povos indígenas foram massacrados resultando em mais de 8 mil mortos por ações diretas ou indiretas dos militares que estavam no poder.

Portanto, é dever dos trabalhadores e trabalhadoras que querem uma outra sociedade lembrar de todos aqueles que perderam suas vidas e que batalharam para que fosse possível seguir em luta nos dias de hoje. Ao contrário disso, o atual governo Lula decidiu manter-se em silêncio sobre os horrores da ditadura, uma postura que deve ser condenada e combatida. É preciso seguir em resistência ao autoritarismo, às práticas de repressão e acabar com a extrema-direita e com os que destroem a vida dos trabalhadores.

ARAUCÁRIA:

Na cidade, Hissam é um dos defensores do autoritarismo e de aplicar aos trabalhadores a violência do Estado quando estes lutam por seus direitos. No dia 3 de setembro de 2021, na luta pela previdência, servidores foram atacados, à mando do então secretário de segurança Antônio Edson, com tiros de balas de borracha, cacetetes e violência corporal.

Agora, em 2024, o SIFAR está lutando para que seja reconhecida a violência por parte do Estado e para que este episódio jamais se repita na cidade. A luta, entretanto, não é justa – assim como no 3 de setembro – e portas, janelas e outros materiais são mais valorizados do que a vida dos trabalhadores que foram machucados e sofreram danos permanentes neste dia.

Araucária não pode esquecer e deve continuar a lutar para que nenhum outro governo se sinta autorizado a agredir os trabalhadores como Hissam e seus comparsas fizeram no dia 3 de setembro. Lutar não é crime, é direito!

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