Sem negociação: reajuste de 3.23% é aprovado, governo Hissam deixará dívida de 10,49%

Foi aprovado nesta terça-feira (4), na Câmara de Vereadores, o reajuste salarial de 3,23% para os servidores de Araucária. O Projeto de Lei enviado pela Prefeitura mostra que no final do governo Hissam fez uma escolha política de se manter em dívida com os servidores. Desde o início, o executivo desconsiderou todas as tentativas de negociação dos trabalhadores, negou as propostas financeiras, escolheu o índice inflacionário mais baixo para o pagamento e não reajustou o vale-alimentação de acordo com a inflação.

Desde março de 2024, o SIFAR e os trabalhadores tentaram uma negociação com o governo, entretanto, com a desculpa da Lei Eleitoral – que não era válida naquele momento –, o atual prefeito preferiu encerrar o ciclo de dois mandatos com uma dívida de 7,11%, referente às perdas inflacionárias (2020-2022) e mais 3% do que foi retirado do salário dos servidores ao aumentar a contribuição previdenciária em 2021. A somatória da dívida que será deixada pelo governo é de 10,49%.

Além disso, a última tentativa de negociação aconteceu em maio e nem sequer foi respondida pelo executivo. A Prefeitura segue sem secretaria de governo enquanto Hissam tenta fugir ao máximo dos servidores. E enquanto a dívida com os trabalhadores segue sem ser paga, a Receita Corrente Líquida do município cresceu 9,93% em 2023 segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Ou seja, dinheiro para valorizar os trabalhadores o município tem, mas não existe vontade política.

É preciso lembrar que 2024 é ano de eleição municipal para prefeitos e vereadores. Portanto, sem nenhuma esperança nas eleições é preciso exigir o compromisso dos candidatos com o pagamento da dívida com os servidores e com um serviço público de qualidade. É na luta que cobraremos cada um, independente de quem estiver no executivo e no legislativo.

 

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