Prefeitura desorganiza trabalho do CRAS Tupy durante obras, entenda:
Como você se sentiria se você fosse expulso da sua sala de trabalho pela gestão sem ter um lugar para ir? É exatamente isso que está acontecendo no CRAS Tupy.
Independentemente do que foi acordado com os servidores, e com o sindicato, pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), a prefeitura enviou materiais para instalações hidráulicas da parte onde será instalada parte da UBS Tupy, sem antes tomar absolutamente nenhuma medida para acomodar os trabalhadores do CRAS.
Na prática, alguns servidores do CRAS já estão sem sala e com os atendimentos paralisados devido à desorganização do espaço de trabalho, causado pela forma como a obra está sendo conduzida. Trabalhadores da construção, do planejamento, entrega de materiais estão atuando no local sem que a equipe sequer seja avisada. E, mesmo após repetidos pedidos de informações à gestão, incluindo a solicitação de um cronograma, nenhuma resposta oficial foi dada.
Os trabalhadores do CRAS estão sendo empurrados para a parte de trás do equipamento, em um local que sofre alagamentos sempre que chove, sem divisórias, sem ponto de internet, sem computadores — sem nada. Isso contraria a promessa da SMAS, que havia se comprometido a não retirar os trabalhadores de suas salas antes da conclusão das modificações no CRAS.
É dessa forma que a gestão Gustavo Botogoski (PL) vai operar? Sem escuta, sem organização, com tudo feito de forma extraoficial?
E a SMSA o que tem feito?
Enquanto tudo isso acontece, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), gerida por Renata Botogoski, ainda não se pronunciou oficialmente sobre nenhum questionamento feito pelo SIFAR e está simplesmente ignorando como essas alterações, realizadas sem ouvir realmente as necessidades do CRAS, estão sendo prejudiciais para o serviço da assistência e para os trabalhadores do CRAS, e da própria UBS Tupy.
Inclusive, em visita à UBS Tupy na última semana, o SIFAR confirmou que os trabalhadores da saúde também não sabem sobre nada do que vai acontecer com eles. O diálogo sobre como a equipe será estruturada, para onde cada um será direcionado e o motivo pelo qual o mercado alugado pela gestão anterior — que já custou R$ 24 mil aos cofres públicos — não pode ser utilizado, sequer aconteceu.
A lógica correta para prejudicar menos os servidores e a população, seria fazer as modificações necessárias para o CRAS funcionar e, depois, as alterações para a UBS. Porém a gestão está ESCOLHENDO atrapalhar o atendimento à população em vulnerabilidade social, que depende do CRAS, deixando os servidores cada dia mais ansiosos com a falta de escuta por parte dos gestores.