Para barrar ataque à aposentadoria, é preciso retomar construção da greve geral
Após as eleições, nosso direito à aposentadoria voltou a ser o principal alvo de ataques. Antes mesmo de tomar posse, o presidente eleito Jair Bolsonaro já mostrou a que veio e deixou claro que pretende dar continuidade a Reforma da Previdência de Temer, enquanto estuda uma proposta ainda mais agressiva contra os direitos dos trabalhadores.
A mobilização é a única forma de barrar esses ataques e defender nosso direito à aposentadoria. A Reforma de Temer não foi aprovada até agora por causa da resistência dos trabalhadores, que paralisaram o país em um dia de greve nacional em abril de ano passado.
Agora, é preciso avançar na construção de uma grande greve geral, que mostre que os trabalhadores não aceitarão o aumento da idade para aposentadoria, nem a redução do pouco que é pago para quem se aposenta.
Essa quinta-feira (22) é Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência e da Seguridade Social. A mobilização faz parte de uma campanha organizada por sindicatos, centrais e movimentos sociais e também prevê um novo dia de mobilização na próxima segunda-feira, dia 26 de novembro.
O SIFAR e o SISMMAR participaram das paralisações contra a Reforma de Temer e reafirmam seu compromisso de fortalecer desde já as mobilizações e lutas nacionais contra a Reforma da Previdência de Jair Bolsonaro e de seu conselheiro econômico, Paulo Guedes.
Modelo de capitalização é pior para os trabalhadores
Quando era candidato, Bolsonaro criticou a proposta de Reforma da Previdência de Temer, mas agora pretende apresentar uma versão ainda pior. Seu futuro ministro da Economia defende a criação de um modelo de capitalização, no qual bancos privados vão administrar poupanças individuais dos trabalhadores. Esse modelo já foi implementado no Chile, com consequências desastrosas para os mais pobres, onde 91% dos aposentados recebe menos que o equivalente a R$ 760.
Os sindicatos se posicionam contra essa proposta por entender que esse modelo fere direitos fundamentais dos trabalhadores e representa risco ao direito de se aposentar.
Mobilização no Paraná
Em Curitiba, a manifestação dessa quinta-feira (22) será uma panfletagem no calçadão da Rua XV de Novembro. A mobilização começa às 11h, com ponto de encontro entre as ruas Monsenhor Celso e XV de Novembro.