Por trás da maquiagem, asfalto em Araucária é feito com risco para trabalhadores

O prefeito Hissam usa o asfalto e as obras como propaganda da sua gestão, mas esconde como são precárias as condições de trabalho de quem realiza esses serviços. A nova pavimentação da região central, por exemplo, foi feita por novos servidores que sequer receberam uniforme ou Equipamento de Proteção Individual (EPI) da Prefeitura.

Além de usarem agasalhos e sapatos improvisados para enfrentar as altas temperaturas e as substâncias tóxicas geradas pela atividade, os servidores não estão recebendo adicional de periculosidade e de insalubridade e não têm sequer o intervalo do almoço respeitado. Os trabalhadores estão tendo que se alimentar na rua e em poucos minutos.

O SIFAR já enviou ofício à Secretaria Municipal de Obras cobrando que a legislação e o horário de almoço sejam respeitados, sob pena de judicialização. É papel da Prefeitura garantir botas, capacetes, luvas e todo o EPI necessário. Além disso, a Lei 1703/2006 garante o pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade para os trabalhadores que lidam cotidianamente com substâncias e situações que geram adoecimento e acidentes. Clique aqui para ver o ofício.

Instalações precárias
Além da falta de EPI para realizar as atividades externas, os trabalhadores da Secretaria de Obras também sofrem com as péssimas instalações tanto no prédio da Rua Ernesto Hasselman, quanto na antiga fábrica de manilhas. Nesses dois locais, há poucos banheiros, não há cozinha ou refeitório adequados.

O barracão onde são armazenadas as barracas utilizadas em evento está prestes a cair, o que coloca em risco a segurança dos trabalhadores. Como o barracão funciona na antiga fábrica manilhas, a fiação é de alta tensão e pode causar um incêndio em caso de queda. O almoxarifado dessa unidade funciona em espaço sem ventilação adequada e a Prefeitura não garante sequer um trabalhador para fazer a limpeza do local.

Chega de descaso com a saúde e a segurança dos servidores de Araucária! É hora de dar um basta e reforçar a luta por condições de trabalho dignas! Firmes!