Em audiência pública, dirigentes do SIFAR denunciam descaso com a saúde pública de Araucária
A audiência “Mais Saúde”, convocada pelo vereador Fábio Alceu, na noite desta quinta-feira (27) reuniu usuários, servidores e gestores na Câmara Municipal. Em pauta estava a saúde pública de Araucária, que hoje pede socorro!
Desta vez, o secretário municipal de saúde, Carlos Alberto de Andrade, atendeu à convocação – diferente do que ocorreu quando ele foi chamado ao Conselho Municipal de Saúde (Comusar) para esclarecimento sobre pautas urgentes, como a do PSS.
Os dirigentes do SIFAR fizeram falas na ocasião denunciando os graves problemas enfrentados pela saúde de Araucária. O tempo destinado às falas foi curto para manifestar toda a indignação e a preocupação com relação à saúde do município.
Descaso com a população
Denúncias não faltam! E o SIFAR retomou casos que vêm sendo debatidos e discutidos em outros espaços – mas que a gestão parece não ouvir ou não se importar.
Há o caso da caixa de biópsias que ficou parada por 60 dias no CEMO, sem envio para o laboratório. Enquanto a gestão se perde na falta de planejamento de contratos, há pessoas dependendo do diagnóstico para iniciar seu tratamento.
A situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Pronto Atendimento Infantil (PAI) só reforçam que a terceirização não é a solução. No PAI, faltam pediatras, enquanto as pediatras concursadas são transferidas para outros locais.
Os servidores de saúde estão cada vez mais sobrecarregados. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) não contam com o mínimo de infraestrutura para conseguir oferecer um atendimento de qualidade.
E o concurso público?
Mas, em vez de agilizar o concurso público, a gestão busca outros meios “mais fáceis” para o gestor, mas que precarizam ainda mais as condições de trabalho.
A aprovação da contratação via Processo Seletivo Simplificado (PSS) pela câmara sem passar por discussão no Comusar só mostra que a gestão não respeita os órgãos de controle social. O mesmo vale para os vereadores que aceitaram votar a pauta sem que ela fosse discutida no conselho.
E o investimento em saúde?
Mas, mesmo com esse cenário caótico, a gestão continua investindo mais em obras do que em saúde. Basta verificar o orçamento de 2019 para perceber que Hissam se importa mais em fazer asfalto ou colocar luzes de LED nas vias do que oferecer saúde e educação públicas de qualidade.
O resultado é uma população cada vez mais desassistida!
Agora, a gestão e os vereadores não podem se justificar dizendo que não sabiam desses casos.
Qual vai ser a atitude da gestão Hissam para tirar a saúde da UTI? Nós continuaremos acompanhando de perto todas essas situações e denunciando todos os problemas da saúde de Araucária. Firmes!