Votação no CME barra aumento de crianças por profissional na educação infantil

A luta pela educação pública de qualidade teve uma vitória importante na tarde dessa terça-feira (02) durante votação no Conselho Municipal de Educação (CME).

O conselho defendeu a qualidade da educação infantil e recusou a proposta da Secretaria Municipal de Educação de aumento do número de crianças por profissional na educação infantil.

Antes do início da votação, a dirigente sindical do SIFAR, Andréa Aparecido Faustino, fez um apelo para que os conselheiros pensassem nas crianças. Afinal, para a SMED, uma criança a mais em sala de aula é apenas um número, mas para os profissionais da educação infantil, é mais um ser-humano que precisa de atenção e cuidados especiais.

A votação teve início com a leitura do relato da conselheira Giovana, que havia pedido vistas do processo na reunião anterior. Com a leitura aprofundada da proposta, ela avaliou que as justificativas da SMED para a alteração não eram suficientes e defendeu a manutenção da norma atual – que prevê inclusive uma redução do número de crianças por profissional para 2020.

Ainda que se entenda a necessidade de reduzir a fila de espera para as crianças ingressarem na educação infantil, o compromisso da gestão deve ser o de ampliar os centros de educação infantil, sem prejudicar a qualidade do atendimento.

Graças ao trabalho de mobilização e articulação, a maioria dos conselheiros entendeu a importância de respeitar o número de alunos por profissional. Por oito votos a seis, o pedido da SMED foi recusado.

Mas, os inimigos da educação também deram as caras: Ariete Maria Fernandes, Roberto Hideo, Claudineia Maria Vischi, Eliane Terezinha Krupa, Camila Langner, representantes da gestão, e Nelci Perreira de Melo, representando instituição privada, foram os votos favoráveis à precarização da educação infantil pública.

Agora a pressão é para que a gestão assuma o compromisso com a categoria e atenda às pautas das educadoras infantis por reconhecimento, direito a seguir o calendário escolar e hora-atividade. Seguimos na luta!