Todo apoio à greve contra demissões na Renault de São José dos Pinhais

A direção do SIFAR, assim como conjunto da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, manifesta sua solidariedade ativa à luta dos metalúrgicos na Renault em São José dos Pinhais, que estão em greve contra as mais de 700 demissões que a direção da empresa impôs nesta terça-feira (21).

Os trabalhadores decidiram, em assembleia chamada pelo Sindicato já na semana passada, entrar em greve caso a empresa mantivesse a proposta demitir centenas de metalúrgicos.

Antes de vencer o prazo do aviso de greve, a Renault começou as demissões com o objetivo de tentar impedir o movimento, mas os trabalhadores se colocaram em luta e a greve começou forte no dia 21.

O que faz a Renault em São José dos Pinhais é o mesmo que outras grandes empresas estão fazendo: se aproveitando da pandemia para reorganizar sua produção para, na sequência, ampliar seus lucros, o que para os trabalhadores significa demissões em massa, arrocho salarial e ataque aos direitos.

É o que a siderúrgica Usiminas tenta fazer na Baixada Santista/SP, com o anúncio de demissão de mais de 900 trabalhadores. É também esse o objetivo da USIMEC, que pretende demitir mais de 90% do efetivo em sua planta em Ipatinga/MG, o que significa a demissão de mais de 700 trabalhadores.

Em Cubatão/SP, a mobilização do Sindicato, junto com a Intersindical, conseguiu barrar as demissões por dois meses. A direção da empresa cassou a liminar que impedia as demissões, com o apoio de um ministro do TST, e colocou mais de 80% da fábrica em home office.As demissões começaram, mas a mobilização segue e por conta disso a empresa não conseguiu impor até agora a redução de mais de 60% do efetivo. Em Ipatinga, a mobilização também conseguiu suspender as demissões e a mobilização segue para impedir que elas se efetivem.

Esses são exemplos da lutas de resistência realizadas pelo Brasil afora contra os ataques patronais que contam com o apoio do governo genocida de Bolsonaro. A cada dia, esse governo lança mais medidas provisórias e portarias que liberam os patrões para reduzir salários, retirar direitos e continuar as demissões.

Para o Capital, não importa que mais de 80 mil pessoas tenham morrido e mais de 2 milhões estejam contaminadas pelo novo Coronavírus, não importa que mais de 30 milhões estejam sem emprego e milhões estejam na mira da morte seja através do vírus, ou da fome, seja no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo. Para o Capital, o que vale é o seu lucro, que cresce na exata medida em que aumenta a exploração contra a classe trabalhadora.

Para enfrentar os ataques dos patrões e seus governos aos direitos, salários e empregos, nossa arma é a luta da classe trabalhadora. Por isso nos somamos em solidariedade ativa aos companheiros metalúrgicos na Renault que estão firmes na greve contra mais um ataque patronal.

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