Justiça por Mateus Noga! Curitiba terá ato neste sábado, às 19h, no Largo

Os sindicatos SISMMAR e SIFAR vêm a público prestar solidariedade à família do jovem trabalhador Mateus Noga, 22 anos, que foi alvejado por diversos tiros de calibre 12 em ação da Guarda Municipal de Curitiba (GM) no último sábado (11), no Largo da Ordem, no centro histórico da capital.

Mateus estava no local comemorando a carteira de motorista com amigos e morreu baleado com tiros nas costas. Além do jovem, que trabalhava como chaveiro e era pai de um bebê de apenas nove meses, mais duas pessoas ficaram feridas pela ação desmedida da GM. Uma adolescente de 14 anos e uma mulher de 31 anos foram atingidas por balas de arma de fogo.

O braço armado da Curitiba do prefeito Rafael Greca justificou a ação alegando que estava no local dispersando uma suposta briga generalizada. No entanto, o que justifica a utilização de armas de fogo com munição letal para dispersar uma briga? Os familiares de Mateus e a população querem respostas e pedem justiça!

De acordo com diversas testemunhas, o rapaz não tinha nada a ver com a briga que a GM alega ter tentado dispersar e foi alvejado quando tentava se deslocar do local. As outras vítimas da brutalidade do braço armado do Estado apenas passavam pelo local e também não tinham nada a ver com a suposta confusão no Largo.

Ato no Largo neste sábado (18) pede justiça por Mateus Noga

Neste sábado (18), será realizado um ato no Largo da Ordem (Centro de Curitiba), às 19h, organizado pela Rede Nenhuma Vida a Menos – Curitiba e Região e demais movimentos sociais.

Os manifestantes vão exigir o fim da violência policial, a divulgação das imagens das câmeras para apurar o ocorrido, responsabilização dos culpados, inclusive dos mandatários da ação da GM de Curitiba, explicações urgentes de Greca sobre o ocorrido, providências da Prefeitura e GM para nunca mais ocorrer casos como esse no Largo e em nenhum outro local da cidade e a retificação do boletim de ocorrência no qual a GM colocou Mateus como criminoso.

Os sindicatos apoiam o ato e se somam no pedido de justiça por Mateus e todas as vítimas do despreparo e da brutalidade policial!

Basta de violência policial!

Um dia após a ação que tirou a vida de Mateus Noga, no domingo (12), dois artistas negros que tocavam música no Largo da Ordem relatam que foram abordados com truculência por parte da mesma GM. Os dois músicos foram impedidos de continuar com o trabalho no local por cerca de 20 integrantes da GM de Curitiba.

Em Araucária, os servidores e servidoras também foram vítimas de ação desmedida e violenta da Guarda Municipal de Araucária (GMA), no massacre de 3 de setembro que deixou vários trabalhadores, que protestavam por seus direitos, feridos com tiros de bala de borracha à queima roupa, armas de choque, chutes, empurrões e socos, além de prisões arbitrárias.

Portanto, é URGENTE lutar contra a violência e brutalidade do braço armado do Estado.

CHEGA de violência policial! Pelo direito de existir e lutar!

 

 

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