8M: Relembrar as origens e seguir lutando!
Dias como o 8 de março sempre vem recheados de elogios e comemorações relacionados à mulher. Mas você, servidora, já parou para pensar qual o verdadeiro significado deste dia?
Hoje, queremos lembrar a história de luta do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, em homenagem àquelas trabalhadoras que lutaram no passado e as nossas colegas que hoje lutam por um serviço público de qualidade e por condições de vida e de trabalho.
Ontem e hoje, a luta das mulheres trabalhadoras:
Em 1910, durante a II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, Clara Zetkin, uma grande militante, propôs o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora como forma de reivindicar direitos como a redução da jornada de trabalho de 14h para 8h, o direito à licença maternidade – muitas vezes as mulheres trabalhavam até o fim da gravidez, tendo os filhos dentro das próprias fábricas -, e a proibição do trabalho feminino em locais insalubres.
Mais do que isso, o que as mulheres socialistas almejavam era a construção de uma nova sociedade, livre da opressão e da exploração. Uma sociedade que rompesse com as barreiras geradas pelo machismo, pelo racismo e pela exploração das trabalhadoras e trabalhadores.
Em 1911, um incêndio em uma fábrica em Nova York matou 146 trabalhadoras, sendo elas 125 mulheres em sua grande maioria imigrantes. A luta das mulheres cresceu ainda mais em defesa de condições de trabalho. E, em 1917, as Russas tomaram as ruas convocando os trabalhadores russos para a luta por pão e paz.
Hoje, à exemplo das mulheres que vieram antes de nós, seguimos na luta por melhores condições de vida. Infelizmente, mais de 100 anos depois da construção do dia 8 de março, as mulheres ainda vivem duplas e triplas jornadas de trabalho, recebem menos do que a maioria dos homens, e vivem situações de violência cotidianamente.
Em Araucária, 74% do serviço público é composto por mulheres. Estas que muitas vezes são responsáveis pelo sustento da casa, pelo cuidado com os filhos ou idosos e que ainda vivem situações de sobrecarga nos locais de trabalho.
No dia 7 de fevereiro, as mulheres do funcionalismo de Araucária construíram uma das maiores greves já realizadas na cidade. E agora, elas seguem firmes nos locais de trabalho na construção da nossa mobilização que não aceita a falta de valorização da gestão Hissam.