Todo apoio a greve dos trabalhadores dos correios de Várzea Grande (MT)
Os trabalhadores dos correios de Várzea Grande, no Mato Grosso, cruzaram os braços há 17 dias para protestar contra as péssimas condições de trabalho impostas pela empresa. Hoje, sexta-feira (1), estes trabalhadores ocuparam o Centro de Distribuição da cidade na tentativa de serem ouvidos! A greve começou após sete carteiros terem sido impedidos de realizar sua função e terem suas bicicletas retiradas pela empresa. Estes trabalhadores foram realocados para funções internas e perderam cerca de 30% do seu salário de um dia para o outro.
Além disso, os outros 13 carteiros que realizam as entregas de moto, estão completamente sobrecarregados, afinal de contas, sete pessoas a menos estão trabalhando na função. As cartas e correspondências não param de se acumular e os trabalhadores estão esgotados. Isso tudo porque os correios não têm realizado contratações e tem diminuído o quadro de funcionários a cada ano que passa. O realojamento de funções dentro da empresa visa cobrir um buraco destapando outro, ou seja, sobrecarregando os carteiros que já existem.
Os trabalhadores devem permanecer firmes na greve por seus direitos, e contra essa política privatista que visa piorar os serviços dos correios para vender a preços minúsculos uma empresa que é tão importante. Só a luta é capaz de mudar as condições que estes trabalhadores estão colocados, por isso, apoiamos a ocupação e a greve dos carteiros do MT.
Greves estouram no país!
Além dos correios de Várzea Grande, os professores e professoras de Feira de Santana, na Bahia, estão em greve por melhores condições de trabalho desde ontem, quinta-feira (31). A forma de operar do Colbert Martins (MDB) é muito parecida com a de Hissam em Araucária. O prefeito negou dialogar com os trabalhadores, cancelou mesas de negociação e não deu nenhuma resposta para pautas da categoria como o reajuste salarial.
Após a falta de diálogo, os trabalhadores cruzaram os braços e foram recebidos pela Guarda Municipal de Feira de Santana com muita violência. Professores e professoras que educam os filhos da classe trabalhadora, que estiveram ativos durante toda a pandemia, e que agora, além de não receber o reajuste salarial que é devido, ainda sofrem agressões físicas do braço armado da Prefeitura.
Além disso, um professor e assessor do vereador Jhonatas (PSOL) sofreu uma violência brutal por parte da GM e foi detido, sendo negado a ele qualquer cuidado médico e sem ninguém saber do seu paradeiro por horas. Rafael, claro, é homem negro, da periferia de Feira de Santana e foi alvo da política racista de Colbert.
O SIFAR também apoia a greve dos professores e professoras de Feira! Entendemos que em todo o país os trabalhadores têm sido massacrados por uma política que visa manter o lucro dos grandes empresários e dá migalhas para os trabalhadores. Por isso, assim como na BA e no MT, é preciso cruzar os braços e enfrentar os desmandos dos patrões e governos, garantindo melhores condições de vida para os trabalhadores.