20 de novembro: memória, resistência e luta antirracista
Foi a partir da morte de Zumbi dos Palmares que na década de 1970 o Dia da Consciência Negra foi marcado pela primeira vez como um momento de homenagem e resistência à luta do povo negro. Zumbi foi o último líder do Quilombo dos Palmares, um espaço coletivo que resistiu por mais de 100 anos à escravidão e organizou uma forma diferente de vida para os negros e negras.
Mais de 40 anos depois, o dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, foi instituído como uma homenagem à luta e à resistência do povo preto. A demora para que isso ocorresse é só um dos muitos exemplos da lentidão histórica que o país enfrenta quando falamos do combate ao racismo.
A data é momento de reflexão sobre a luta árdua e diária que é combater o racismo estrutural no país. E é imprescindível que não seja apenas no dia 20 de novembro que os trabalhadores e trabalhadoras, assim como as instituições, organizem ações concretas de combate ao racismo.
A desigualdade imposta à população negra está escancarada na sociedade e é preciso olhar para os dados que mostram isso e não fechar os olhos para a realidade que 54% dos brasileiros sentem na pele todos os dias. É necessário olhar para a história de resistência à toda forma de opressão que os negros e negras têm travado no decorrer da história do país e refletir sobre como é preciso ser antirracista.
Para ajudar na reflexão, durante a próxima semana, o SIFAR irá divulgar materiais com dados e indicações que promovem a discussão e reflexão sobre a importância da luta por uma sociedade antirracista e livre de toda opressão. Fique de olho e acompanhe a série!