Assembleia da educação irá debater novo nome para CME na próxima quinta (30)

Na próxima quinta-feira (30), acontecerá a assembleia dos servidores da educação da base do SIFAR para debater o Conselho Municipal de Educação (CME) e escolher um substituto para a vaga de conselheiro representante dos trabalhadores. Os servidores também debaterão as condições de trabalho da equipe multiprofissional e como o pacotaço afeta cada categoria lotada na Secretaria Municipal da Educação (SMED). Confira o edital.

O encontro será virtual pela plataforma Microsoft Teams e o link será divulgado no dia da assembleia através das listas de transmissão, a primeira chamada acontece às 17h30 e o início às 18h. Lembre-se de entrar na sala com antecedência para que caso haja algum problema a nossa equipe possa auxiliar. E caso você não faça parte da lista de transmissão do SIFAR, entre em contato para receber as notícias direto no seu celular (41) 99886-0107.

Fortalecer o CME, seguir na luta contra o pacotaço e por uma educação de qualidade

Com o pacotaço, os servidores têm acionado os órgãos de controle social, como os conselhos, para debater como o ataque afeta diretamente os serviços públicos. No caso da educação, o CME é um destes espaços de debate que deve trazer como pauta as condições de trabalho, os investimentos e dar voz aos servidores e à comunidade escolar. Por isso, escolher um novo representante para o CME é parte da construção de mais uma trincheira de luta contra o pacotaço e por uma educação de cada vez mais qualidade na cidade, qualquer categoria lotada na SMED pode participar, leve seu nome e vá à assembleia!

Pacotaço: especificidades da educação

A educação, categoria composta majoritariamente por mulheres, será muito afetada com o pacotaço. O aumento da idade da aposentadoria – mesmo para as professoras – é de sete anos. E para crescer na carreira será necessário cumprir uma pontuação de qualificação impossível, especialmente para quem possui dupla ou tripla jornada de trabalho com os cuidados domésticos e dos filhos.

Quando se trata de valorização, os salários de trabalhadores administrativos estão entre os mais baixos, as cozinheiras e trabalhadoras da limpeza têm sido terceirizadas há anos, e, portanto, têm menos direitos trabalhistas, e as professoras de educação infantil não recebem o piso salarial direto no vencimento, o que significa perdas financeiras quando se trata de reajuste. Ou seja, se o pacotaço for aprovado, todas as categorias que hoje estão na educação serão afetadas com o achatamento salarial, perderão direitos trabalhistas e a tendência é de que a Prefeitura avance ainda mais na terceirização.

Além disso, na educação é necessário que os servidores continuem estudando e se aprimorando, algo que é deixado de lado pela administração no pacotaço, já que não há incentivo ou valorização para o aperfeiçoamento profissional.

Luta por condições de trabalho da equipe multiprofissional será pauta

A gestão da SMED sinalizou, há poucos dias, a retirada da hora-atividade dos servidores da equipe multiprofissional composta por psicólogos e assistentes sociais, além de informar a equipe sobre a descentralização do trabalho com a subordinação direta dos trabalhadores à direção das unidades escolares.

As duas medidas anunciadas pela SMED não foram debatidas com os servidores, apenas após a mobilização é que vem sendo possível abrir um canal de diálogo e, mesmo assim, a situação ainda não foi resolvida. A desculpa da gestão é de que a equipe multidisciplinar deve passar mais tempo nas unidades, entretanto, esconde que faltam pelo menos mais quatro profissionais para serem contratos de acordo com a Lei n° 3.812, o que reduziria o número de escolas que cada dupla deve acompanhar, ampliando as visitas.

Todas essas especificidades da equipe multiprofissional devem ser levadas para a assembleia e debatidas com a totalidade dos trabalhadores da educação, fortalecendo este agrupamento, por isso, a participação na assembleia é essencial.

A falta da hora-atividade implica em uma grande dificuldade de intervenção nas unidades escolares, já que é preciso um momento de síntese e planejamento destes profissionais. Além disso, a subordinação dos trabalhadores às direções das escolas dificulta muito o trabalho, perde-se a centralização das informações, desorganiza o calendário destes profissionais, além de perder um espaço de debate do trabalho que vem acontecendo em todas as unidades.

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