Defesa dos servidores sobre a carreira foi protocolada, mas prefeitura queria que aceitássemos corte de direitos

Durante o mês de novembro, o SIFAR fez o esforço de sintetizar todos os problemas apresentados em relação à proposta do pacotaço. No 15 de novembro, quase um mês atrás, o sindicato protocolou um primeiro documento na Prefeitura. Agora, no dia 30 (quinta-feira), um outro documento síntese das propostas dos servidores que visam melhorar a carreira foi protocolado na Câmara de Vereadores e na Prefeitura. Você pode ver estes documentos clicando aqui.

A Prefeitura, no entanto, nunca respondeu nenhuma tentativa de diálogo e construção de melhorias na carreira durante este processo. Isso porque o objetivo da prefeitura é retirar direitos, e isso fica muito claro nas reuniões entre sindicatos e executivo.

As entidades que representam os interesses dos trabalhadores, e participaram destas reuniões, conseguiram mostrar que os projetos feitos pela Fundação Instituto Administração não dão conta das necessidades do serviço público da cidade, até porque, não é pensando no bem estar da população e na melhoria do atendimento que a FIA foi contratada. A empresa foi trazida a Araucária para dar uma solução de economia, custe a quem custar.

Porém, com o gasto de R$ 10 milhões, a Prefeitura quer enviar os Projetos de Lei para votação a qualquer custo, e aproveita para dizer que os sindicatos “nunca propuseram nenhuma melhoria.” Inclusive, a administração convocou o Diário Não Oficial, conhecido como O Popular, para mentir no jornal que os sindicatos nunca propuseram nada, sem nunca ter acompanhado uma reunião ou pedido uma resposta do SIFAR.

A verdade é que existem muitas propostas para melhorar a carreira, mas não são de interesse do executivo. Por isso, ao invés de olhar os documentos enviados, os questionamentos e as incansáveis tentativas de diálogo, a Prefeitura prefere dizer que “nada foi proposto”.

É importante deixar claro o papel do sindicato, não cabe ao SIFAR negociar direitos. Não cabe aos servidores reescreverem em poucos dias um projeto de carreira e previdência mal feito que não pensa no bem estar da população, sendo que os servidores nunca são convidados a debater a carreira e a qualidade do serviço público. As decisões da gestão, em sua grande maioria, são impostas de cima para baixo.

O que cabe a nós, ao defender os interesses dos servidores e da população, é escancarar as necessidades dos locais de trabalho, levantar as demandas de melhorias dos trabalhadores, a defesa dos direitos que precisamos manter para garantir a qualidade do serviço e mostrar para o legislativo e para a população que os servidores estão do lado certo, do que é melhor para o serviço público.

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